Há mais de cem anos, quando Henry Ford revolucionou a produção moderna de automóveis, engenheiros de todos os países se dirigiram aos Estados Unidos. Hoje, a Volkswagen da Alemanha enviou cerca de 300 funcionários para a China para aprender a fabricação de baterias, a empresa chinesa CATL ajudou a Ford a construir uma fábrica de baterias e as empresas chinesas começaram a exportar tecnologia e marcas para investidores estrangeiros. A ascensão das baterias chinesas está provocando mudanças profundas no setor automotivo global.
Os dados divulgados recentemente pelo Ministério de Indústria e Informatização da China mostram que as exportações acumuladas de baterias de energia da China totalizaram 127,4 GWh em 2023, um aumento de 87,1% em relação ao ano anterior. O mercado está entre os maiores do mundo há sete anos consecutivos. O maior mercado de exportação é a Europa, seguido pelo dos Estados Unidos e Sudeste Asiático. Além disso, na capacidade instalada global das 10 maiores empresas de baterias de energia, seis são chinesas.
O setor de baterias de energia alcançou estes resultados devido a várias vantagens competitivas. A China obteve a produção independente de todos os principais materiais para a produção, como materiais catódicos, materiais anódicos e eletrólitos, formando uma cadeia completa do setor de baterias de energia.
Ao mesmo tempo, a qualidade estável e o custo relativamente baixo dos produtos de bateria chineses são particularmente bem recebidos pelas empresas automobilísticas do mundo inteiro. Em 2020, a Volkswagen alemã se tornou a primeira empresa automobilística estrangeira a investir diretamente em um fabricante chinês de baterias.
Entretanto nos últimos anos, o governo dos EUA ergueu um “muro alto” contra as baterias de energia da China, por meio de intervenção política e barreiras comerciais, em uma tentativa de conter o desenvolvimento dos setores emergentes chineses. As iniciativas dos EUA refletem uma hegemonia consistente e infringem completamente regras justas do comércio mundial.
De acordo com uma análise da Agência Internacional de Energia, os Estados Unidos praticamente não têm capacidade de mineração ou processamento de minerais como lítio, níquel e cobalto e detêm menos de 5% da produção mundial de materiais positivos e negativos para a fabricação de baterias. Se o produto chinês for excluído da cadeia de suprimentos, o preço dos veículos elétricos comprados pelos norte-americanos vai aumentar e se desviar da meta esperada pelo governo dos EUA. A chamada política de proteção dos Estados Unidos não só prejudica suas próprias empresas e enfraquece as regras do mercado, como também faz com que o povo americano pague a conta no final.