A multinacional chinesa Huawei capacitou um total de 60 estudantes moçambicanos em matérias de tecnologias de informação e comunicação (TIC). As formações foram realizadas no âmbito do programa Seed for the future, o principal programa de responsabilidade social da empresa, lançado pela primeira vez na Tailândia, cujo lançamento em Moçambique decorreu em 2016.
A cerimônia de encerramento contou com a presença do embaixador da China em Moçambique, Wang Hejun, o ministro dos Transportes e Comunicação de Moçambique, Mateus Magala, e o diretor-geral da Huawei Mozambique, Zhang Junming.
Em seu discurso na ocasião, o embaixador da China em Moçambique, Wang Hejun, elogiou a iniciativa que está sendo realizada pela companhia chinesa.
“Atualmente, a tecnologia digital e a economia digital tornaram-se a nova força motriz para promover a recuperação do crescimento da economia mundial. Esta é a condição essencial para a oferta de alta qualidade dos talentos digitais a fim de se alcançar o desenvolvimento de alta qualidade da economia digital”, destacou.
Segundo o embaixador, o projeto Seed for the future não é apenas uma tentativa útil da Huawei para promover a cooperação bilateral e o intercâmbio civil. “Esta é uma demonstração viva do grande potencial da cooperação entre a China e Moçambique no domínio das comunicações.”
Por seu turno, o ministro moçambicano Mateus Magala, depois de elogiar a iniciativa, afirmou que a criação das condições básicas para a digitalização do país constitui uma das principais prioridades do governo do qual faz parte.
“A digitalização”, sublinhou o ministro, “passa, necessariamente, pela massificação do uso das TICs.”
Dirigindo-se aos formandos, ele os encorajou a “continuarem a apresentar soluções tecnológicas que contribuam para a promoção da inovação, para a transferência de conhecimento sobre as TICs e para a criação de condições básicas e essências para que o país acelere a sua transformação digital rumo à 4ª Revolução Industrial.”
Enquanto isso, o diretor da Huawei disse que, no âmbito da cooperação com o governo, “pretendemos proporcionar aos nossos formandos oportunidades de estágio e de emprego, a fim de ajudar o país a atingir o seu objetivo de transformação digital”.
“Este é o início de todas as coisas”, Milton Wate
Milton Wate, um dos beneficiados, ouviu falar pela primeira vez do projeto Seed for the future através da Escola Superior de Ciências Náuticas em Maputo.
Quando se inscreveu, ele não tinha esperança de ser apurado, visto que “haviam candidatos mais aptos”, disse Wate.
Contudo, mesmo em meio à dúvidas e incertezas, Wate se inscreveu e foi um dos candidatos apurados para a formação. Agora, ao fim da formação, ele disse que gostaria de transmitir aos outros o que aprendeu. “Sinto-me como se tivesse dado o primeiro passo”, salienta.
“Abriu a minha mente”, Alexandre Momade
Alexandre Momade é estudante da Universidade Eduardo Mondlane, uma das maiores e mais antiga de Moçambique. “Este projeto foi incrível, pois aprendi muito sobre as tecnologias emergentes”, apontou. Ele acrescentou que a formação abriu sua minha mente sobre o que pode fazer no futuro, e abrir portas para o mercado de trabalho local.