O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, reuniu-se nesta terça-feira (28), horário local, com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, na Sede da ONU em Nova Iorque.
Wang Yi afirmou que o mundo está atento ao conflito entre a Palestina e Israel, e presta atenção no papel e ações das Nações Unidas. Em relação à questão, a China permanece sempre e firmemente no lado da paz, da consciência humana, e do direito internacional, e apoia a organização e o próprio secretário-geral a desempenharem o papel único e insubstituível na solução do conflito. Sendo o país na presidência rotativa do Conselho de Segurança este mês, a China mantém contatos estreitos com os Estados árabes e as partes concernentes, e faz do litígio palestino-israelense uma questão central e prioritária do organismo. Dias antes, a China recebeu a visita coletiva dos ministros das Relações Exteriores dos países árabes e islâmicos, com quem chegou ao consenso de convocar o mais cedo possível uma reunião de alto nível no Conselho de Segurança. A China espera que a entidade emita uma voz unânime e clara em relação ao assunto.
Segundo Wang Yi, a Resolução 2712 do Conselho de Segurança é o primeiro passo para promover o cessar-fogo, além de ser um bom início para a solução do conflito. A posição chinesa é clara: primeiro, é preciso um cessar-fogo completo para evitar um desastre humanitário maior e as pessoas detidas devem ser libertadas; segundo, os recursos humanitários devem entrar em Gaza sem obstáculos, terem mais pontos de passagem abertos e serem objeto de um mecanismo de supervisão eficaz; terceiro, é crucial reiniciar o mais rápido possível a “solução de dois Estados”, que é a forma fundamental de resolver a contenda.
Guterres apreciou o papel construtivo da China na promoção da solução política da questão palestino-israelense e agradeceu-lhe por convocar uma reunião de alto nível sobre a crise. A situação humanitária em Gaza é preocupante, sobretudo o número de mortes e ferimentos sem precedentes de crianças, o que é inaceitável. As Nações Unidas defendem firmemente a implementação da “solução de dois Estados” e esperam que o Conselho de Segurança alcance mais consensos sobre o assunto.