Em 29 de novembro, horário local, Henry Kissinger, um velho amigo do povo chinês e ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, faleceu aos 100 anos de idade. Como um conhecido diplomata estadunidense no período pós-guerra, ele fez contribuições extraordinárias para a promoção de contatos diplomáticos entre seu país e a China e na mediação da situação no Oriente Médio.
Em 30 de novembro, horário de Beijing, o presidente chinês, Xi Jinping, enviou uma mensagem de condolências ao presidente dos EUA, Joe Biden, pelo falecimento de Henry Kissinger. Em sua mensagem, o chefe de Estado chinês disse que o nome de Kissinger estará para sempre ligado às relações China-EUA e será lembrado com carinho pelo povo chinês.
A conquista mais significativa da carreira diplomática de Kissinger foi sua ida secreta à China em 1971, que mais tarde levou à visita do presidente Richard Nixon ao país asiático em 1972, selando o “aperto de mão transpacífico”. Nos últimos 50 anos, Kissinger fez mais de 100 visitas à China, o que lhe rendeu o título de “velho amigo” do povo chinês. Em julho deste ano, o presidente Xi Jinping se reuniu em Beijing com o diplomata, que havia acabado de celebrar seu 100o aniversário. Na ocasião, Xi Jinping expressou seu apreço pela contribuição fundamental de Kissinger para as relações sino-estadunidenses em momentos cruciais, e pelo envolvimento em seu processo de normalização.
De acordo com o autor da biografia de Kissinger e professor de História da Universidade de Vanderbilt, Thomas Schwartz, sua verdadeira contribuição para o governo dos EUA residiu na compreensão da China baseada na apreciação da história e cultura chinesa. Kissinger argumentou que esta não possui uma natureza expansionista, mas representa uma sociedade de introversão e ponderação. Segundo ele, os Estados Unidos deveriam estabelecer contato com o país asiático a partir dessas considerações.
No contexto atual, em que as relações sino-estadunidenses enfrentam dificuldades e desafios, os EUA precisam de mais figuras como Kissinger, que possam superar a radicalização política interna, entender e apreciar a cultura e a história chinesas, ter um conhecimento equilibrado da China e promover o avanço constante das relações bilaterais, superando as adversidades.
O povo chinês valoriza profundamente a amizade de Kissinger e nunca esquecerá esse velho amigo, especialmente a sua contribuição notável feita na promoção do desenvolvimento das relações China-EUA. Assim, espera que mais políticos estadunidenses possam entender que o mundo mudou, herdar a sabedoria diplomática de Kissinger, implementar o importante consenso alcançado recentemente em São Francisco pelos chefes de Estado dos dois países e promover o êxito mútuo e a prosperidade comum neste novo período da história.