Da história à atualidade, há mil motivos para melhorar as relações entre a China e os Estados Unidos, e nenhum motivo para piorá-las. O recente diálogo entre os dois países transmitiu sinais positivos para estabilizar o relacionamento bilateral e lançou um fundamento para o encontro dos dois chefes de Estado em São Francisco.
Trata-se do primeiro encontro presencial entre os presidentes Xi Jinping e Joe Biden desde o encontro em Bali no ano passado. Os dois líderes vão discutir temas estratégicos, integrais e orientadores sobre as relações China-EUA, assim como importantes questões relacionadas à paz e ao desenvolvimento mundial. A Comunidade internacional aguarda com grande expectativa neste encontro para mais cooperações e resultados.
Não será um encontro fácil. O relacionamento bilateral teve dificuldades devido ao fracasso da implementação do consenso alcançado em Bali. Os políticos da Casa Branca adotaram uma direção errada em relação à China devido a uma percepção equivocada.
Desde a viagem do secretário de Estado, Antony Blinken, à China em junho, Washington mostrou uma atitude para aliviar a tensão entre os dois países. Os políticos da Casa Branca devem estar conscientes de que a repressão contra a China não é viável nem solucionável, porque todas as questões quentes relacionadas às mudanças climáticas, geopolítica regional até recuperação econômica dos próprios Estados Unidos precisam a cooperação com a China.
Para regressar ao consenso de Bali, o fator essencial é tomar ações. A questão de Taiwan é o mais importante entre os interesses essenciais da China, além de ser uma linha vermelha intransponível. Recentemente Washington se comprometeu a aderir a política de uma só China e não apoiar “a independência de Taiwan”. Além disso, os políticas da Casa Branca afirmaram que não buscam dissociação com a China e que a dissociação econômica entre dois países causará desastres para o mundo inteiro. A China atribui alta importância às novas posturas de Washington, mas as ações são mais importantes do que palavras.
A comunidade internacional espera que, por meio da reunião de São Francisco, a China e os Estados Unidos possam ter uma percepção ainda mais correta um do outro e compreender a importância do desenvolvimento um do outro para si mesmos. Para Beijing, a China e os Estados Unidos são parceiros em vez de concorrentes, que devem ter benefício recíproco e ganho mútuo em vez de jogo de soma zero. Infelizmente, Washington considerou a China como seu maior rival estratégico.
Mas o que é a realidade? Na recente sexta edição da Exposição Internacional de Importação da China, os Estados Unidos enviaram pela primeira vez sua delegação oficial com mais de 200 empresas estadunidenses, batendo recorde histórico. Esta é uma prova de que a China e os EUA têm interesses profundamente integrados e ninguém pode se separar de ninguém, ninguém pode mudar ninguém, ninguém precisa substituir ninguém. Como disse o governador da Califórnia, Gavin Newsom, durante sua visita à China, “quando a China tiver mais sucesso, todos nós teremos mais sucesso também”.
O mundo de hoje é caraterizado pela fraca recuperação econômica, tensão e conflito geopolítico, e cada vez mais incerteza e instabilidade. A China e os EUA respondem por um terço da economia mundial, um quarto da população mundial e um quinto do comércio mundial. O tratamento entre Beijing e Washington decidirá o futuro da humanidade.