Os residentes de Garissa, no nordeste do Quênia, viram recentemente seus rendimentos aumentarem graças ao abastecimento suficiente de electricidade, o horário de funcionamento dos restaurantes é mais longo e a agricultura está dotada da irrigação por bombagem. A central fotovoltaica de Garissa, construída por uma empresa chinesa, resolveu eficazmente o problema de escassez de energia local e injetou força sustentável ao meio ambiente no desenvolvimento queniano.
Ao longo de 10 anos, a China participou da construção de mais de 6 mil quilômetros de ferrovias, mais de 6 mil quilômetros de estradas e mais de 80 instalações elétricas de grande escala na África. A implementação destes projetos confirmou as palavras do presidente chinês, Xi Jinping, no seu discurso no Diálogo dos Líderes China-África, nessa quinta-feira (24), de que o país “está disposto a ser um companheiro no caminho da modernização da África”.
A China é o maior parceiro comercial do continente por 14 anos consecutivos. Em 2022, as importações e exportações chinesas para a África somaram 1,87 trilhão de yuans, um aumento de 14,8% em comparação com 2021. Atualmente, a China é o segundo maior destino de produtos agrícolas africanos. O gergelim e o amendoim do continente representam 80% do total das importações chinesas dos dois produtos. Até 2035, o volume anual de comércio entre China e África poderá atingir US$ 300 bilhões.
Ao mesmo tempo, o governo chinês tem apoiado os esforços dos países africanos na modernização e no desenvolvimento independente. Em 2015, a União Africana aprovou a Agenda 2063, com o objetivo de construir uma nova África de integração regional, paz e prosperidade dentro de 50 anos.
O continente tem um grande potencial de industrialização. Atualmente, a China estabeleceu um mecanismo de cooperação em capacidade de produção com 15 países africanos, com bases locais de produção e processamento e operações. No futuro, a China apoiará o desenvolvimento da indústria africana e distribuirá recursos para impulsionar os projetos de industrialização de África, a fim de ajudar os países africanos a concretizar o mais cedo possível uma industrialização verde, coordenada e sustentável.
Hoje, a agricultura continua a ser o principal setor econômico e fonte de subsistência para a maioria dos países africanos. Nos últimos anos, os riscos geopolíticos globais, o abastecimento alimentar mundial apertado e a alta dos preços dos alimentos exerceram um impacto direto na segurança alimentar da África. A China propôs uma série de medidas específicas, incluindo ajudar o continente a expandir o cultivo de cereais, incentivar as empresas chinesas a aumentarem o investimento na agricultura africana e reforçar a cooperação científica em tecnologia agrícola.
O governo chinês e os países africanos têm opiniões e solicitações semelhantes sobre a atual ordem internacional e a melhoria da governação global. Ambos são membros da família do “Sul Global”. No recente diálogo, a China declarou que continuará a apoiar a África a falar em uma só voz nos assuntos internacionais, além de promover ativamente a integração da União Africana no G20, na Cúpula que será realizada em setembro.