A Cúpula do BRICS oficializou nesta quinta-feira (24) que ampliará o bloco. O grupo decidiu convidar formalmente seis países para se tornarem novos membros: Arábia Saudita, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia.
A expansão é histórica e um importante resultado da cúpula de Joanesburgo. Os novos membros têm suas próprias vantagens industriais e fortes complementaridades econômicas. O BRICS deverá contar com uma estrutura industrial mais completa e um maior potencial de cooperação.
Vale lembrar que a China sempre desempenhou um importante papel na ampliação do BRICS. Na Cúpula de Xiamen, realizada em 2017, a parte chinesa lançou o modelo de cooperação “BRICS+” e em 2022, na Cúpula de Beijing, deixou claro o processo acelerado para a expansão do bloco.
Na África do Sul, o presidente chinês, Xi Jinping, propôs quatro princípios para as cooperações entre os países membros do BRICS: aprofundar cooperações econômica, comercial e financeira para impulsionar o desenvolvimento econômico, ampliar a cooperação da segurança política para defender a paz e a estabilidade e reforçar intercâmbios culturais para promover o aprendizado mútuo entre as civilizações, além de persistir na equidade e justiça para melhorar a governança global.
Tais princípios não só favorecem o fortalecimento das cooperações dentro do grupo, como também promovem a governança global para uma direção mais justa e razoável.
Além disso, a parte chinesa apresentou também quatro medidas detalhadas para um desenvolvimento de alta qualidade após sua expansão.
Primeira, dar mais atenção às cooperações pragmáticas nos setores da economia digital e desenvolvimento sustentável e cadeia de suprimentos, porque a economia digital já é a nova força motriz para o desenvolvimento da economia mundial.
Segunda, estabelecer novas incubadoras de inovação científica e novas plataformas para a utilização dos dados dos satélites de sensoriamento remoto, com o objetivo de impulsionar as cooperações científicas e tecnológicas entre os países membros do BRICS.
Terceira, reforçar a cooperação da segurança política, pois, a segurança é o pré-requisito para o desenvolvimento.
Quarta, aproveitar bem o papel do Novo Banco de Desenvolvimento para acelerar as reformas dos sistemas financeiros e monetários internacionais.