Ícone do site CRI e Diario de Pernambuco

Analista político angolano perspectiva desenvolvimento na relação sino-africana

Por Paulo Caculo, jornalista do Jornal de Angola

As perspectivas da relação entre a China e os países de África estão destinadas ao sucesso. O país asiático representa, na visão do analista político angolano Almeida Henriques, um importante parceiro comercial e investidor na África, sublinhando que esta cooperação tem produzido benefícios mútuos para as partes.

“A África tem um enorme potencial para o desenvolvimento e a inovação, e a parceria com a China tem sido fundamental para o crescimento económico e tecnológico dos nossos países”, assegurou o angolano, especialista em relações internacionais, para em seguida reforçar que a postura de África perante a China “aconselha a uma maior reflexão do continente sobre o que realmente pretende”.

Almeida Henriques garantiu que a China pode oferecer um campo aberto em vários sectores de investimento, mas alertou para a necessidade imperiosa de cada Estado africano avaliar as características próprias da sua sociedade política, sugerindo ser necessário que os africanos escolham o que é que a China pode oferecer para este ou aquele Estado, em contrapartida para gerar desenvolvimento.

O analista político disse que sectores diversificados, entre eles, a agricultura, agroindústria, e também as tecnologias, que estão a dominar o mundo, destacando as vantagens de a China estar entre os países com grande potencial para oferecer neste aspecto.

“Os Estados também têm procurado relacionar-se com a China, sobretudo em sectores que eles acham serem aqueles em que se reconhece haver da China enorme capacidade de poder ajudar a desenvolverem-se”, revelou.

De acordo ainda com Almeida Henriques, existe, também, um elemento muito importante que se precisa ter em conta, que é o facto de “os Estados africanos aproveitarem os momentos altos que a China vai oferecendo neste momento, porque se não aproveitarem, voltaremos a reflectir num passado onde as relações beneficiavam mais outros Estados e os africanos não”.

O facto de estar-se perante uma diplomacia económica resultante do “softpower”, segundo o analista, exige que nenhum Estado africano reclame das insuficiências na sua relação com a China.

“Cada Estado deve criar condições suficientes para que consiga alcançar os seus objectivos, porque é importante o continente africano estudar as relações recíprocas e vantajosas na relação com a China”, lembrou.

Ressaltou que os países africanos conseguiram observar que o investimento chinês no continente vai apresentando estatísticas evolutivas, e que são desejáveis.

“Quer dizer que a China está atractiva do ponto de vista da cooperação internacional e a África deve aproveitar”, assegurou.

Sair da versão mobile