O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, retornou a Beijing no último dia 24, após uma visita à Alemanha e à França. Na última semana, Li Qiang se reuniu com personalidades políticas e empresariais dos dois países europeus, enfatizando que o desenvolvimento da China traz oportunidades e não riscos para o mundo. Os líderes dos dois países europeus deixaram claro que se opõem ou não apoiam a “dissociação” com a China e são contrários a qualquer forma de confronto entre blocos. Sob a situação internacional turbulenta, a China e a Europa chegaram ao consenso sobre a “não dissociação” e a promoção da cooperação, trazendo mais certezas para o mundo.
No momento, há diferentes vozes e emaranhadas atitudes na Europa sobre a cooperação com os chineses. Isso se deve a fatores ideológicos que existem há longo tempo e também à interferência e à sabotagem de forças externas para manter a hegemonia. Não muito tempo atrás foi apresentada às autoridades da União Europeia o conceito de “desarriscar” e, consequentemente, alguns meios de imprensa ocidentais o equipararam à “des-sinização”, criando novos “murmúrios” sobre a cooperação sino-europeia.
Durante a visita de Li Qiang à Europa, o lado chinês explicou essa questão em várias ocasiões, emitindo mensagens de que a China apoia firmemente a globalização econômica, que os fundamentos da recuperação econômica chinesa de longo prazo permanecem inalterados e que há ampla perspectiva da cooperação de benefícios mútuos entre o país e a Europa. Isso reduziu efetivamente os “murmúrios” na arena política europeia e transmitiu uma “voz harmoniosa” sobre a cooperação ganha-ganha, recebendo respostas positivas de personalidades políticas europeias.
Atualmente, a China e a Europa são os segundos maiores parceiros comerciais uma da outra. Em 2022, o volume de comércio bilateral chegou a US$ 847,3 bilhões, um aumento de 2,4% em relação ao ano anterior. Já os investimentos europeus na China foram de US$ 12,1 bilhões, um aumento significativo de 70%, enquanto os aportes chineses na Europa registraram uma alta de 21%, chegando a US$ 11,1 bilhões. Está óbvio que o intercâmbio econômico e comercial entre a China e a Europa é dinâmico e tem grande potencial.
Durante a visita do premiê à Europa, China, Alemanha e França obtiveram muitos resultados no aprofundamento da cooperação pragmática. Por exemplo, a China e a Alemanha concordaram em estabelecer um mecanismo de diálogo e cooperação sobre mudança climática e transformação verde, além de continuar a promover a cooperação nas áreas de comércio, investimento, automóveis, alta tecnologia e novas energias. A China e a França estão dispostas a fortalecer a coordenação e aprofundar as trocas nas áreas aeroespacial, de energia nuclear, de agricultura e de alimentos. Alemanha e França também disseram que os investimentos chineses são bem-vindos.
Ao se opor conjuntamente à “dissociação e quebra da cadeia” e aderir ao multilateralismo genuíno, a China e a Europa se beneficiarão mais do desenvolvimento uma da outra, o que corresponde aos interesses do mundo.