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Comentário: Propostas chinesas sobre questão Palestina são justas

O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, começou na terça-feira-feira (13) uma visita de Estado de quatro dias à China. Na tarde dessa quarta-feira (14), Mahmoud Abbas se encontrou com o presidente chinês, Xi Jinping.

Além de declarar o estabelecimento da parceria estratégica China-Palestina, Xi Jinping também lançou três propostas para a resolução da questão Palestina, um problema duradouro no Oriente Médio.

Segundo o líder chinês, primeiramente, a solução fundamental reside no estabelecimento de um Estado Palestino independente, baseado nas fronteiras definidas em 1967, com sua capital em Jerusalém Oriental e plena soberania. A segunda proposição prevê que as demandas econômicas e da vida do povo palestino devam ser atendidas. O terceiro ponto sinaliza que as partes envolvidas necessitam persistir na direção correta das negociações de paz.

A primeira proposta da China é também o conteúdo essencial da Iniciativa de Paz Árabe, ou seja, a Solução de Dois Estados, um projeto de criação e de coexistência pacífica dos Estados independentes de Israel e da Palestina, visando a acabar com as disputas de soberania política, territorial e militar na região.

Ao mesmo tempo, o líder chinês enfatizou a importância de garantir as necessidades econômicas e da vida do povo palestino e pediu à comunidade internacional que reforce o auxílio humanitário aos palestinos. Após os conflitos de mais de meio século, o desenvolvimento socioeconômico da Palestina está parado.

Em 2022, a China e a Palestina assinaram o acordo de cooperação da iniciativa “Cinturão e Rota”. No mesmo ano, o fluxo comercial entre os dois países atingiu US$ 158 milhões, um aumento de 23,2% frente ao mesmo período de 2021. Desta vez, a parte chinesa prometeu continuar oferecendo ajuda humanitária, especialmente nos projetos relacionados ao bem-estar das pessoas e à infraestrutura.

Além disso, as negociações de paz são a única saída para resolver a questão. Porém, Essas tratativas enfrentam um impasse desde 2014, por causa principalmente dos assentamentos judaicos. Enquanto isso, mais de cem palestinos já perderam a vida este ano em conflitos na região e muitos civis israelitas também ficaram feridos. Portanto, é urgente retomar as conversações de paz.

Sob a mediação do governo chinês, o Irã e a Arábia Saudita concordaram em recuperar as relações diplomáticas em março deste ano. Devido a esse fato, muitas pessoas depositam esperança em Beijing para a resolução da questão mais complicada do Oriente Médio. Em pesquisa realizada pelo site Arab News, da Arábia Saudita, 80% dos entrevistados acreditam que a China pode desempenhar um papel positivo nas negociações de paz entre Palestina e Israel.

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