Recentemente, a diplomacia dos Estados Unidos mostrou mais uma vez sua duplicidade para com a China.
Por um lado, o secretário de Defesa estadunidense, Lloyd Austin, acusou a China por causa da questão de Taiwan e da chamada liberdade de navegação durante o 20º Diálogo de Shangri-la, realizado em Singapura. Por outro lado, o secretário adjunto de Estado para assuntos do Leste Asiático e do Pacífico, Daniel Kritenbrink, chegou no dia 4 à China para tentar promover maiores diálogos com Beijing.
Confronto e cooperação, essas são as duas facetas da diplomacia estadunidense, o que demonstra não só o capricho dos EUA, mas também como o país já está acostumado com sua hegemonia no mundo.
Ter uma atitude anti-China parece ser algo visto como altamente correto para todos os políticos em Washington, já que os EUA consideram o país asiático como o seu maior adversário estratégico. Reprimir a China e obrigar Beijing a aceitar suas regras é o objetivo da diplomacia estadunidense.
No entanto, os atuais EUA não têm força suficiente para atingir essa meta. Os problemas econômicos e a crise da dívida exigem a manutenção de uma comunicação com a China. Além disso, Washington precisa da coordenação da parte chinesa nos desafios globais, tais como as mudanças climáticas, a proliferação nuclear e o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Portanto, os EUA estão tendo um comportamento dual quando se trata da China. Apesar disso, a posição chinesa é determinada e clara. O ministro da Defesa da China, Li Shangfu, reafirmou no Diálogo de Shangri-la que Taiwan é uma parte da China e que a resolução da questão de Taiwan é um assunto interno do país ao qual não cabe qualquer interferência exterior. Além disso, os navios militares estrangeiros não devem realizar patrulhas nas águas territoriais da China.
A lógica é bem simples: se navios ou aviões de guerra de outros países surgirem nas costas estadunidenses sem sua autorização, o que os EUA vão fazer?
Todo mundo sabe que o atual impasse das relações sino-estadunidenses é causado pela errada estratégia de Washington para com Beijing. Quem precisa de fazer alterações na forma que age é a parte estadunidense, que não pode querer a cooperação da China ao mesmo tempo que prejudica os interesses dos chineses.
Respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação baseada em benefícios recíprocos são os princípios básicos que os EUA devem aprender na comunicação com a China.