Ícone do site CRI e Diario de Pernambuco

Com a proibição do TikTok, os Estados Unidos dão quatro tapas na própria cara

Recentemente, a Legislatura de Montana nos Estados Unidos aprovou um projeto de lei da proibição total do TikTok. Isso nos revoca o julgamento de “caça às bruxas” que ocorreu numa audiência no Congresso dos Estados Unidos no mês anterior, quando legisladores ferozes interrogaram o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, na tentativa de exterminarem o TikTok sem nenhum indício.

A proibição do TikTok é um escândalo na era da informação e da globalização, e coloca os valores americanos entre a espada e a parede. Com tapas na própria cara, a farsa da “América contra a América” está em plena marcha.

Primeiro Tapa: contra a Democracia

A democracia é o fundamento dos Estados Unidos desde a sua fundação, e a joia mais brilhante na coroa daquela “cidade na colina”. Os Estados Unidos se aforam de ser “farol da democracia” e sempre pairam sobre outros países. O TikTok tem 150 milhões de usuários ativos mensais neste país “democrático”, suas vozes estão ouvidas no TikTok e espalhadas por multidões de protestantes perante o Capitólio. Mas é irônico que essas vozes não se fazem “ouvidas” nas perguntas feitas pelos legisladores na audiência.

Uma pesquisa do Pew Research Center realizada em abril do ano corrente revelou que, 56% dos usuários do TikTok estiveram contra a proibição do aplicativo e apenas 19% a favor. Assim sendo, o governo dos Estados Unidos se posiciona do lado oposto com pelo menos 84 milhões de americanos. Só para se ter uma ideia, nas eleições presidenciais, Biden venceu com menos de 81 milhões de votos.

Segundo Tapa: contra a Liberdade de Expressão

Os algoritmos abertos dos vídeos curtos nas redes sociais forneceram a milhares de pessoas oportunidades para expressar e apresentar sobre si mesmo. A Primeira Emenda à Constituição dos EUA enfatiza a proteção da liberdade de expressão, mas isso falhou com a proibição do TikTok. As sucessivas repressões contra o TikTok pela administração Trump e Biden deram a conhecer que, a chamada “liberdade de expressão” não é nada mais do que uma disfarça da hegemonia americana.

A elite americana não atende à aspiração do povo nem consegue resolver problemas, mas sim, mexe na plataforma onde os problemas são levantados e discutidos. Não é surpreendente que os influenciadores americanos no TikTok estejam com tanta fúria, dado que Biden não tratou do “descarrilamento de trens” tão rapidamente quanto agiu para bloquear o TikTok!

Terceiro Tapa: contra a Economia de Mercado

Os Estados Unidos se etiquetam com defensor da economia de mercado livre, da concorrência leal e da “mão invisível”, enquanto contraíram o vício de recorrer à “mão visível” de intervenção.

Para jovens da geração Z, o TikTok é mais acolhido do que os aplicativos americanos clássicos como Facebook, Twitter e Instagram. A popularidade do TikTok não é pela venda forçada, mas sim pelo seu forte algoritmo, novo modelo de interação e conteúdo de alta qualidade. O sucesso do TikTok prova a sobrevivência do mais apto na economia de mercado. Também é um retrato vívido da livre circulação de informações e serviços na era da globalização econômica. São exatamente com esses princípios que as empresas americanas entram em outros mercados. Por que as empresas dos outros países não podem fazer o mesmo?

Quarto Tapa: contra a Segurança da Informação

Recentemente, o “leakgate” dos Estados Unidos causou repercussão internacional. Os documentos confidenciais das Forças Armadas dos EUA, que circulavam nas mídias sociais, mostram que o governo dos Estados Unidos tem monitorado os seus aliados e até a ONU, há longo tempo e em grande escala. Desta vez, os vazamentos foram descritos como o mais devastador roubo de informações secretas após o “prismgate”.

Os Estados Unidos lançaram ataques ao TikTok sob o pretexto da “segurança da informação”. Ironicamente, são os Estados Unidos que, da cabeça aos pés, têm a mania de monitorar, espionar e espreitar os outros. Os aliados dos EUA, como Coreia do Sul e Israel, jamais imaginaram que um dia os Estados Unidos vinham a dar facadas nas costas deles em benefício dos próprios interesses.

É óbvio que os Estados Unidos querem uma “rede desprotegida perante os Estados Unidos” em vez de chamada “rede limpa”. Porque é instintivo para um ladrão estar em pânico diante de uma porta de segurança.

A repressão dos EUA contra o TikTok não é o fim, mas um novo começo. Então, quem será a próxima vítima?

Sair da versão mobile