A China é o maior país em desenvolvimento do hemisfério oriental e o Brasil, do hemisfério ocidental. As duas grandes nações emergentes apertam de novo as mãos quando o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, desembarcar para sua terceira visita à China, em 12 de abril.
Os tópicos econômicos serão o foco desta visita. Atualmente, o Brasil está lutando com o pesado fardo da recuperação pós-pandemia, e Lula quer promover a reindustrialização do Brasil. A China está promovendo um desenvolvimento de alta qualidade e uma abertura de alto nível, o que oferecerá oportunidades de benefícios mútuos para outros países do mundo, incluindo o Brasil.
Sob esforços conjuntos dos dirigentes chineses e brasileiros, a cooperação bilateral está sendo aprofundada a cada dia e as duas populações estão se aproximando cada dia mais. Além do futebol, samba e churrasco, os chineses, especialmente a jovem geração, têm agora um melhor conhecimento sobre o Brasil. Ao mesmo tempo, o conhecimento dos brasileiros sobre a China não se limita à Grande Muralha e ao Kung Fu. A medicina tradicional chinesa (MTC), por exemplo, é muito popular no país latino-americano.
Vale mencionar também que a cooperação em ciência e tecnologia é outro pilar importante da cooperação sino-brasileira. A colaboração no setor data dos anos de 1980 e tem alcançado até agora uma série de resultados de pesquisa científica, tais como o Satélite Sino-brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS), o Centro de Pesquisa e Inovação em Nanotecnologia e o Centro de Clima e Energia. O programa CBERS tem sido chamado de “exemplo da cooperação Sul-Sul”.
Diante da complexa situação internacional, a China e o Brasil, como principais países em desenvolvimento, rejeitam a hegemonia e a política de poder e apoiam o verdadeiro multilateralismo. Os dois países mantêm uma estreita cooperação em organizações internacionais e mecanismos multilaterais, como na Organização das Nações Unidas, na Organização Mundial do Comércio, no G20 e no Brics, para aumentar a voz dos países em desenvolvimento e fortalecer a voz pela paz e pelo desenvolvimento.
Antes de embarcar para a China, Lula mencionou várias vezes ao papel da China e à palavra “paz” em relação à crise da Ucrânia. Ele enfatizou que “alguém tem que começar a falar de paz, porque os Estados Unidos e a Europa não estão falando de paz”.
Acredita-se que, sob a liderança dos dois chefes de Estado, a cooperação amistosa e de benefício mútuo entre a China e o Brasil em diversos campos será atualizada e fortalecida, e novas contribuições serão feitas para a estabilidade e a prosperidade da região e do mundo.