Recentemente mais de cem organizações de controle de armas e de proteção ambiental enviaram correspondências ao governo dos Estados Unidos, exigindo pedido de desculpas e pagar indenizações às Ilhas Marshall pelos testes nucleares de grande escala realizada nas décadas 1940 e 1950. Trata-se de um pedido por justiça da comunidade internacional e crítica coletiva aos EUA.
Formadas por mais de mil ilhas no Oceano Pacífico, as Ilhas Marshall estão localizadas na Oceania. Segundo o jornal Los Angeles Times, os EUA realizaram 67 testes nucleares entre 1946 e 1958. Em 1º de março de 1954, Washington detonou a mais poderosa arma nuclear da história nas Ilhas Marshall. Tudo isso causou perdas irreparáveis no ecossistema local.
Além disso, os EUA ainda despejaram mais de 130 toneladas de solo nuclear contaminado nas Ilhas Marshall. O aterro de resíduos nucleares é chamado de “túmulo” pela população local. Quando o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, visitou a nação insular do Pacífico Sul em 2019, ele expressou preocupação de que contaminantes nucleares possam vazar para o mar.
Sob a pressão internacional, Washington concordou em pagar indenizações aos habitantes das Ilhas Marshall pela perda de bens e danos pessoais. Entretanto, o jornal Los Angeles Times revelou que Washington somente pagou quatro milhões de dólares como compensação para todas as perdas.
O ato hegemônico e imoral provocou indignação do mundo inteiro. Em 2022, o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou uma resolução, exigindo que os países relacionados assumam devidas responsabilidades para ajudar as Ilhas Marshall a solucionar as questões consequentes dos testes nucleares.
Como o país com o maior arsenal nuclear, os EUA não devem apenas cumprir sua responsabilidade pelas consequências do teste nuclear nas Ilhas Marshall e pagar indenizações, mas também pôr fim ao atual comportamento perigoso de proliferação nuclear.