Washington D.C. — O Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, anunciou na quarta-feira o quarto aumento consecutivo da taxa de juros de 75 pontos-base, em meio à pior inflação em quatro décadas.
O Fed elevou sua taxa de empréstimo de curto prazo em 0,75 ponto percentual para o nível mais alto desde janeiro de 2008.
O Fed “levará em consideração o aperto cumulativo da política monetária, os atrasos com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação e os desenvolvimentos econômicos e financeiros”, segundo um comunicado.
Espera-se que o aumento das taxas prejudique as carteiras dos consumidores, tornando mais caro para os americanos pagar dívidas ou obter uma hipoteca.
O amplamente observado índice de preços ao consumidor mostrou em setembro que a inflação caiu ligeiramente para 8,2 por cento em uma base anual, mas subiu 0,4 por cento no mês.
Os pedidos de parlamentares estão crescendo para que o banco central pare de aumentar suas taxas, já que os críticos temem que isso possa desencadear uma recessão.
Mas o Fed não deu nenhuma indicação de que reverteria o curso, já que o objetivo do banco central é puxar a inflação de volta para sua meta de 2 por cento, mesmo que esses esforços desencadeiem uma recessão.
Enquanto isso, os mercados de trabalho permanecem robustos. As vagas de emprego são abundantes e o desemprego é baixo. Mas os economistas preveem a possibilidade de uma recessão no próximo ano, principalmente se o banco central continuar a aumentar as taxas em um ritmo tão agressivo.