Guangzhou – O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, reuniu-se nesta segunda-feira em Guangzhou com a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.
Wang deu boas-vindas à primeira visita de Bachelet à China como alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, lembrando que é a primeira vez em 17 anos que o país recebe um alto comissário da ONU para os direitos humanos, o que é de importância histórica para ambas as partes.
Wang espera que a visita de Bachelet seja uma viagem de fortalecimento do entendimento mútuo, de aumento da cooperação e de clarificação de assuntos.
Assinalando que o Partido Comunista da China (PCCh) sempre põe em primeiro lugar o povo, Wang disse que o PCCh dirigiu o povo chinês pelo caminho do socialismo com características chinesas que se ajusta às condições nacionais, atingiu êxitos históricos na reforma e abertura e é amplamente apoiado pelo povo.
A China sempre deu prioridade aos direitos à subsistência e ao desenvolvimento, protegeu os direitos e interesses legítimos dos cidadãos e salvaguardou os direitos das minorias étnicas, apontou Wang.
Enquanto impulsiona vigorosamente sua própria causa de direitos humanos, a China defende os valores universais de paz, desenvolvimento, equidade, justiça, democracia e liberdade, indicou.
Wang salientou que o país promove a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade e faz sua própria contribuição para resolver importantes problemas que a sociedade humana enfrenta e para promover o progresso dos direitos humanos em todo o mundo.
Em termos da promoção do progresso dos direitos humanos internacionais, Wang pediu respeito mútuo em detrimento à politização dos direitos humanos; equidade e justiça em vez de duplo padrão; a busca da verdade a partir dos fatos e que se evite a desconexão das condições nacionais; a defesa da abertura e inclusividade em oposição à criação de uma confrontação entre blocos.
Wang ressaltou que os principais países devem assumir a liderança na prática do multilateralismo, aderir aos propósitos e princípios da Carta da ONU, respeitar o direito internacional e proteger a equidade e justiça internacionais.
“As instituições multilaterais de direitos humanos devem tornar-se uma plataforma para a cooperação e o diálogo, ao invés de ser um novo campo de batalha para a divisão e a confrontação. A China está disposta a conduzir uma cooperação construtiva com o Escritório do Alto Comissário para os Direitos humanos com base no respeito mútuo e igualdade”, prometeu.
Bachelet felicitou a China por seus importantes êxitos no desenvolvimento econômico e social e na promoção dos direitos humanos.
Ela elogiou a contribuição do país no apoio ao multilateralismo, financiamento para o desenvolvimento, desenvolvimento sustentável, redução da pobreza, mudança climática e proteção ecológica, entre outros âmbitos que são vitais para o desenvolvimento dos direitos humanos.
A diplomata indicou que o Escritório do Alto Comissário para os Direitos Humanos dá grande importância ao papel da China e espera aproveitar esta visita como uma oportunidade para ampliar o entendimento e a confiança mútua, enfrentar conjuntamente os desafios globais e promover o desenvolvimento dos direitos humanos internacionais.
Bachelet chegou nesta segunda-feira à China e visitará a Província de Guangdong (sul) e a Região Autônoma Uigur de Xinjiang (noroeste).