Rio de janeiro – O governo brasileiro leiloou nesta quarta-feira 59 blocos para exploração e produção de petróleo, com os quais arrecadou 422,4 milhões de reais (US$ 90 milhões) e que devem gerar investimentos da ordem de 406,2 milhões de reais (US$ 87 milhões).
Na licitação realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Combustíveis (ANP) foram oferecidos 379 blocos de 14 áreas, de sete bacias marítimas e terrestres. Setenta e oito companhias se inscreveram, mas apenas 14 delas apresentaram ofertas e só houve disputa por 59 blocos.
O ministro de Minas e Energia do Brasil, Bento Albuquerque, destacou que o leilão foi “excepcional pelos próprios números” porque supõe “a consolidação dos leilões de oferta permanente” realizados pelo governo federal.
O leilão foi o primeiro realizado este ano pelo governo brasileiro e o terceiro do Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, ou seja, sem limite de tempo para a exploração e produção dos poços.
O consórcio formado pela multinacional anglo-holandesa Shell e a colombiana Ecopetrol, junto com a francesa Total, conseguiu seis dos oito blocos da bacia de Santos, situada no litoral do estado de São Paulo e a mais cobiçada da licitação, enquanto a francesa Total Energies levou os outros dois.
O presidente da ANP, Rodolfo Saboia, assegurou que a intenção da agência é continuar com o modelo de oferta permanente para áreas do pré-sal, em águas profundas do oceano Atlântico nas quais o Brasil possui gigantescas reservas de petróleo.