São Paulo – A parceria entre a China e o Brasil na indústria de proteína animal traz benefícios mútuos de longo prazo, afirmou Ricardo João Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
O Brasil fornece à China produtos de carne bons e seguros para complementar o fornecimento doméstico chinês de forma sustentável, sendo uma cooperação de benefício mútuo, disse Ricardo João Santin em uma recente entrevista à Xinhua.
A China é um dos mercados mais significativos para os produtos avícolas e suínos do Brasil.
Há 13 anos no setor, Santin acredita que a cooperação forte e complementar entre os dois países no setor alimentício estabeleceu uma parceria confiável e sustentável.
Como o maior exportador mundial de produtos agrícolas, o setor de agronegócios do Brasil passou por um período difícil em 2021, devido aos altos preços da soja e do milho e aos obstáculos logísticos induzidos pela pandemia. O setor de aves e suínos não foi exceção.
Membros da ABPA investiram mais de 1 bilhão de reais (US$ 190 milhões) para garantir a segurança e a higiene de seus produtos de carne e ovos desde o início da pandemia.
Com cerca de 140 membros de toda a cadeia produtiva do agronegócio de aves, suínos e ovos, a ABPA tem como objetivo promover práticas comerciais internacionais sólidas no setor de avicultura e suinocultura, além de reforçar a segurança alimentar.
Santin expressou uma constatação pessoal sobre seu trabalho, que é não deve haver fronteiras para a alimentação.
A ABPA designou seu primeiro representante para China há três anos, com o objetivo de atender melhor a demanda do mercado chinês e entendê-lo melhor.
Atualmente, tem quatro escritórios em todo o mundo, incluindo dois no Brasil, um em Beijing e um em Bruxelas.
Santin disse estar disposta a mostrar à China mais marcas brasileiras.