Sanya — O navio de pesquisa científica da China Tansuo-1 retornou neste domingo a um porto na cidade de Sanya, Província de Hainan, no sul da China, depois de completar sua expedição no oceano profundo até a Fossa das Marianas.
O navio, transportando o submersível tripulado Fendouzhe (Lutador), atracou no domingo pela manhã, de acordo com o Instituto de Ciência e Engenharia de Mar Profundo, afiliado à Academia Chinesa de Ciências.
Durante a expedição de 53 dias, que começou no dia 14 de outubro, o Fendouzhe, construído pela China, completou com sucesso 23 mergulhos, seis dos quais ultrapassaram uma profundidade de 10.000 metros.
Pesquisadores coletaram diversos grandes organismos, microorganismos in-situ, sedimentos e amostras de rochas, acumulando dados valiosos para uso em pesquisa genética na área e compreendendo sua estrutura geológica, de acordo com o instituto.
Durante a viagem, as equipes de pesquisa chinesas participantes da expedição lançaram o Consenso de Mariana, que pede o estabelecimento de um sistema padronizado para expedições em águas profundas, tendo em vista a preservação a longo prazo e o compartilhamento de amostras e dados científicos de águas profundas, de modo a alcançar a cooperação internacional em expedições ao mar profundo.
A equipe também lançou o Projeto de Pesquisa Ambiental e Ecológica da Fossa das Marianas (MEER, sigla em inglês) durante a expedição. O projeto pretende convidar mais pesquisadores chineses e estrangeiros para participar do MEER, para que juntos abordem grandes questões científicas, tais como as origens da vida, a adaptação ambiental, a biodiversidade, as mudanças climáticas, entre outras.