Beijing – A China expressou a firme oposição à interferência flagrante dos EUA nos assuntos internos da China, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, em uma coletiva de imprensa regular nesta segunda-feira.
As declarações de Mao foram feitas depois que o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA anunciou novas restrições de visto a funcionários do governo central chinês e do governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), em um comunicado divulgado na semana passada sobre o veredicto emitido pelo tribunal de Hong Kong sobre alguns dos envolvidos no caso de conspiração para cometer subversão.
Mao disse que os Estados Unidos atacaram deliberadamente o princípio de “um país, dois sistemas”, difamaram a Lei de Salvaguarda da Segurança Nacional na RAEHK, comentaram irresponsavelmente sobre democracia e liberdades em Hong Kong, procuraram interferir nas questões judiciais da RAEHK e abusaram das restrições de visto.
“Tais movimentos interferem descaradamente nos assuntos internos da China, violam o direito internacional e as normas básicas que regem as relações internacionais. A China deplora e se opõe veementemente”, disse Mao.
Mao acrescentou que as chamadas “eleições primárias” organizadas pelos envolvidos no caso, que são anti-China e buscaram desestabilizar Hong Kong, representam um sério desafio à ordem constitucional em Hong Kong e colocam em risco a segurança nacional.
“Entre os réus envolvidos no caso, 31 já se declararam culpados”, disse Mao, observando que é razoável e legal que as autoridades policiais e judiciais da RAEHK cumpram suas funções de acordo com a lei e punam todos os atos que minem a segurança nacional, e que isso é firmemente apoiado pelo governo central.
Mao enfatizou que os assuntos de Hong Kong são puramente assuntos internos da China que não permitem interferência externa.
A China urge os Estados Unidos a respeitarem seriamente a soberania da China e o Estado de direito em Hong Kong, e a respeitarem o direito internacional e as normas básicas que regem as relações internacionais, disse a porta-voz.
“Os Estados Unidos não devem de forma alguma se intrometer nos assuntos de Hong Kong”, disse Mao, acrescentando que, se os Estados Unidos implementarem as restrições de visto a funcionários do governo central e do governo da RAEHK, a China tomará contramedidas firmes.