Acra – As fortes e crescentes relações África-China podem ser parcialmente atribuídas à Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR) proposta pela China, disse um especialista de Gana.
Paul Frimpong, diretor-executivo do Centro África-China de Política e Consultoria, um think tank com sede em Gana, disse à Xinhua em uma entrevista por escrito que a África tem se beneficiado da ICR para impulsionar o desenvolvimento de infraestrutura.
A ICR é importante para a África porque os gargalos da infraestrutura primária em energia, água, saneamento, telecomunicações e transporte, além do baixo acesso à eletricidade, precisam ser removidos para que o continente atinja suas metas de impulsionar o comércio intra-africano, disse Frimpong.
“A infraestrutura e o crescimento econômico da África podem ser unificados e acelerados devido à participação da China em projetos de infraestrutura no continente. Vários países do continente têm se beneficiado enormemente dessas relações com a China”, disse ele.
Foto tirada em 8 de maio de 2022 mostra uma seção da Via Expressa de Nairóbi construída pela China Road and Bridge Corporation em Nairóbi, Quênia. (Xinhua/Dong Jianghui)
“A ICR já está ajudando a África a melhorar a infraestrutura para facilitar a realização de mais comércio intrarregional e internacional, reduzir os custos das empresas, aumentar a competitividade nacional e internacional da África e, assim, obter sucesso econômico e crescimento sustentado”, acrescentou Frimpong.
Frimpong disse que a interconectividade no continente proporcionada pelos projetos construídos pela China se alinha com as ambições da África para os próximos 50 anos, incluindo a obtenção de um crescimento social e econômico inclusivo, através de acabar com a pobreza, as desigualdades de renda e de oportunidades e criar empregos decentes, entre outros.
Além da cooperação econômica, disse ele, a China e os países africanos estão ligados pelo desejo comum de avançar a agenda Sul-Sul.
“Os países do Sul Global aplaudem amplamente a determinação da China de criar parcerias baseadas na igualdade e no respeito e seu compromisso de não se intrometer em questões domésticas”, acrescentou Frimpong.