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Novo Banco de Desenvolvimento aumentará seu alcance e financiará projetos em moedas locais

Shanghai — O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) expandirá seu alcance e financiará mais de seus projetos em moedas locais para apoiar o desenvolvimento das economias emergentes, destacou nesta terça-feira Dilma Rousseff, presidente do banco.

Dilma fez os comentários ao discursar na 8ª reunião anual da entidade, onde listou as prioridades para os próximos anos, dizendo que o banco precisa ampliar seu alcance, fortalecendo seu papel como plataforma de cooperação.

O banco aumentará sua participação em operações de cofinanciamento com outras instituições financeiras multilaterais, bancos nacionais de desenvolvimento e com o setor privado, garantiu.

O NBD levantará fundos em diversos mercados no mundo e em diferentes moedas, manifestou. “Ao mesmo tempo, buscaremos financiar uma parcela maior de nossos projetos em moedas locais, com o duplo objetivo de fortalecer os mercados domésticos dos países membros e proteger nossos mutuários dos riscos de flutuações cambiais.”

O banco está muito animado com a adoção de novos membros e haverá ainda uma aceleração na expansão de membros, informou Leslie Maasdorp, vice-presidente e diretor financeiro do NBD, em entrevista à Xinhua. “Portanto, você pode esperar ver mais países se juntando de várias geografias em todo o mundo”, revelou ele.

Em 2021, o banco iniciou a expansão, admitindo Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai como novos países membros.

“No futuro, faremos mais arrecadação de fundos nas moedas de nossos membros”, apontou Maasdorp. Atualmente, o financiamento com moedas locais representa aproximadamente 22% da carteira do banco, em grande parte impulsionado por empréstimos denominados em renminbi, moeda chinesa. O banco pretende elevar a proporção para 30% no período 2022-2026.

Com sede em Shanghai, o NBD foi estabelecido pelos países do BRICS, ou seja, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O banco foi formalmente inaugurado em julho de 2015.

Como um complemento às instituições financeiras multilaterais e regionais existentes, o banco foi projetado para mobilizar recursos para projetos de desenvolvimento de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países do BRICS, bem como em outras economias emergentes e em desenvolvimento, com o fim de promover o crescimento e o desenvolvimento globais.

Renato Almeida

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