Phnom Penh – O Camboja lançou o projeto de eliminação de minas terrestres para 2023-2025 auxiliado pela China, com o objetivo de limpar mais de 100 quilômetros quadrados de minas terrestres e restos explosivos de guerra (ERW, em inglês) em três províncias, disse Heng Ratana, diretor-geral do Centro de Ação contra Minas do Camboja (CMAC, em inglês).
O evento de lançamento foi realizado na quinta-feira na província de Siem Reap.
“O Projeto de Eliminação de Minas Terrestres do Camboja 2023-2025 com ajuda da China apoiará as operações de remoção de minas terrestres e ERWs do CMAC em três províncias do Camboja, ou seja, Kampong Thom, Siem Reap e Preah Vihear”, escreveu Ratana em sua página no Facebook.
Esta foi a terceira fase do Projeto de Eliminação de Minas Terrestres do Camboja auxiliado pela China, disse ele, acrescentando que as duas primeiras fases começaram em 2018 e terminaram em 2022, limpando um total de 74,9 quilômetros quadrados de terra contaminada e destruindo 71.558 minas terrestres e ERWs.
Ratana disse que o projeto nas duas primeiras fases beneficiou um total de 214.661 famílias.
O Camboja é um dos países mais afetados por minas terrestres e ERWs. Estima-se que 4 a 6 milhões de minas terrestres e outras munições foram deixadas durante três décadas de guerra e conflitos internos que terminaram em 1998.
Segundo dados da Universidade Yale, entre 1965 e 1973, os Estados Unidos lançaram cerca de 230.516 bombas em 113.716 locais no Camboja.
A Autoridade de Ação contra Minas e Assistência às Vítimas do Camboja disse que, de 1979 a 2022, as explosões de minas terrestres e ERW mataram 19.818 vidas e feriram ou amputaram 45.187 pessoas no reino.
A nação do Sudeste Asiático está empenhada em se livrar de minas terrestres e terras contaminadas com ERW até 2025.
