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Entrevista: Economias do BRICS têm grande potencial e capacidade de crescimento, diz Rousseff

Xangai – Os países do BRICS são economias poderosas com grande potencial e capacidade de crescimento, disse Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), à Xinhua.

“Medidos pelo PIB, os países do BRICS já ultrapassaram o G7 em importância”, disse o ex-presidente brasileiro.

O BRICS é um acrônimo para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, cinco grandes mercados emergentes com potencial econômico específico. Além dos países que se tornaram novos membros plenos em 1º de janeiro de 2024, mais de 30 países como Tailândia, Malásia, Turquia e Azerbaijão solicitaram formalmente ou manifestaram interesse em sua adesão, enquanto muitos outros países em desenvolvimento estão buscando uma cooperação mais profunda com o grupo.

Os países do BRICS perceberam que é muito importante que as nações emergentes e em desenvolvimento tenham mecanismos e instrumentos adequados, por isso foram estabelecidas o NBD e o Arranjo Contingente de Reservas, disse Rousseff.

Durante a sexta cúpula do bloco em Fortaleza, Brasil, em julho de 2014, os líderes dos cinco países inicialmente testemunharam a assinatura do Acordo sobre o Novo Banco de Desenvolvimento.

O NBD foi projetado para garantir investimentos muito necessários em infraestrutura, como nas áreas de logística e digital, em infraestrutura social, como estruturas escolares e universitárias, bem como em ciência, tecnologia e inovação, e também em saúde, disse ela.

O NBD serve como uma plataforma significativa para a cooperação internacional que transcende as fronteiras territoriais, o que não apenas amplifica as vozes dos países do BRICS, mas também representa as aspirações partilhadas de outras nações, acrescentou.

Com sede em Xangai, o NBD foi implementado em conjunto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul em 2014 para mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países membros do BRICS e em outras economias de mercado emergentes e países em desenvolvimento.

Em 2021, o banco começou a expandir os membros para incluir Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Uruguai e Egito.

Desde seu lançamento, o NBD investiu quase US$ 35 bilhões em setores como energia limpa e eficiência energética, infraestrutura de transporte, recursos hídricos e saneamento, assim como infraestrutura digital, desempenhando um papel positivo na melhoria da governança econômica global. 

Agência Xinhua

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