Beijing – Ferrovias. Portos. Parques industriais. Estações de energia. A cooperação em infraestrutura entre a China e a África está prosperando, e o resultado está mudando a vida de milhões.
Líderes e autoridades industriais observaram que os projetos de infraestrutura realizados por empresas chinesas produziram benefícios tangíveis para os africanos, ajudando o continente a aprimorar sua conectividade; melhorar as condições para o desenvolvimento econômico e social; promover sua industrialização, modernização e integração; e abrir novos caminhos para o crescimento futuro.
“Para ficar rico, construa estradas primeiro.” O popular provérbio chinês soa verdadeiro na África. Com base em sua própria experiência de desenvolvimento, a China tem se dedicado a trabalhar com a África para construir instalações de transporte cruciais para o desenvolvimento econômico.
De acordo com o livro branco, “China e África na Nova Era: Uma Parceria de Iguais”, empresas chinesas ajudaram países africanos a construir ou modernizar mais de 10.000km de ferrovias, quase 100.000km de rodovias, aproximadamente 1.000 pontes, quase 100 portos e 66.000 km de transmissão e distribuição de energia ao longo do último quarto de século.
Além disso, empresas chinesas ajudaram a construir uma capacidade instalada de geração de energia de 120 milhões de kW, uma rede de comunicações de 150.000km e um serviço de rede que cobre quase 700 milhões de terminais de usuários.
No Quênia, a ferrovia de bitola padrão Mombasa-Nairóbi, financiada pela China, reduziu drasticamente o tempo de viagem e surgiu como a escolha preferida dos passageiros, desempenhando um papel fundamental na redução de custos de logística, estimulando o comércio e fortalecendo cidades menores ao longo de seu corredor.
Na Nigéria, o trem leve de Abuja, construído por uma empresa chinesa, iniciou as operações em maio e aliviou consideravelmente o congestionamento na capital.
O presidente nigeriano Bola Tinubu descreveu a operação do trem leve como “fruto da colaboração, dedicação, progresso e previsão”.
A cooperação China-África levou o desenvolvimento de infraestrutura a novos patamares. Para reforçar o desenvolvimento verde da África, a China auxiliou os países na construção de vários projetos de energia limpa.
O Parque Eólico De Aar mudou o cenário energético da África do Sul. Como o primeiro projeto de energia eólica financiado, construído e operado por uma empresa chinesa na África, ele fornece 760 milhões de quilowatts-hora de eletricidade limpa anualmente, atendendo às necessidades de eletricidade de 300.000 domicílios. O parque contribuiu para fechar a lacuna causada pela energia limpa instável e abordar a escassez de eletricidade na África do Sul.
Foto aérea tirada em 15 de fevereiro de 2019 mostra a usina de energia solar Garissa Solar, financiada pela China, no condado de Garissa, Quênia. (China Jiangxi Corporation for International Economic and Technical Cooperation/Divulgação via Xinhua)
No Quênia, a Usina Solar Garissa de 55 megawatts, financiada e construída por empresas chinesas, gera mais de 76 milhões de quilowatts-hora anualmente, reduzindo as emissões de dióxido de carbono em cerca de 64.000 toneladas anualmente.
Com a usina, o Quênia está mais perto de atingir suas metas de transição para a energia limpa, disse Moses Masika Wetangula, presidente da Assembleia Nacional do Quênia.
A China tem sido um parceiro confiável para o Quênia, disse Wetangula, observando que o apoio da China tem sido crucial para o desenvolvimento da África.
Várias zonas industriais foram construídas e são operadas por empresas chinesas, como o Parque Industrial Sino-Uganda Mbale em Uganda, a Plataforma Industrial Internacional Diamniadio no Senegal, a Zona de Livre Comércio de Lekki na Nigéria e a Zona de Cooperação Econômica e Comercial China-Egito TEDA Suez no Egito.
Por meio dessas zonas, os países podem participar mais efetivamente da cadeia produtiva global e promover a internacionalização de marcas locais.
David Bahati, ministro de Estado do Comércio, Indústria e Cooperativas de Uganda, disse à Xinhua que a China tem fornecido capital e compartilhado habilidades e tecnologia para ajudar a impulsionar a industrialização em seu país.
“O desenvolvimento do Parque Industrial Sino-Uganda Mbale está fazendo maravilhas. Temos visto o investimento estrangeiro direto vindo do parque industrial, o que nos ajuda em termos de substituição de importações. A maioria das coisas que estávamos importando, como televisores e roupas, está sendo produzida no parque”, disse Bahati.
A cooperação portuária moderna entre a China e a África também está se desenvolvendo rapidamente.
Um bom exemplo é o Kribi Deep Sea Port, construído pela China Harbor Engineering Company Ltd. (CHEC) na cidade de Kribi, no sul de Camarões. O novo porto marítimo, estrategicamente posicionado no centro do Golfo da Guiné, estimulou a economia do país e se tornou um centro regional para a costa atlântica africana.
“Com a chegada do porto de Kribi, Camarões mais uma vez se colocou como a porta de entrada para a sub-região. Esse (porto) agregou mais valor a certos projetos industriais no Chade, na República Centro-Africana e no Congo”, disse Alain Patrick Mpila Ayissi, gerente do Departamento de Desenvolvimento de Terras e Meio Ambiente da Autoridade Portuária de Kribi.
Em 2023, o primeiro porto de pesca moderno da Tanzânia, Kilwa Harbor, também construído pela CHEC, foi lançado. Como um projeto emblemático sob o terceiro plano quinquenal do governo da Tanzânia, espera-se que se torne um motor para o crescimento econômico.
O Porto de Águas Profundas de Kribi desempenhou um papel crucial no fortalecimento do desenvolvimento de infraestrutura, emprego, comércio e investimento em Camarões, disse Raymond Tavares, representante da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial em Camarões e na África Central.
O desenvolvimento de infraestrutura é a pedra angular do desenvolvimento da África, e melhorar o estado da infraestrutura é um desejo comum do povo africano.
A cooperação entre a China e a África na nova era oferece um caminho para o desenvolvimento mútuo, criando uma base mais sólida para uma comunidade China-África mais próxima com um futuro compartilhado.
