Beijing – As principais cidades chinesas viram os preços das casas caírem em julho em comparação com o mês anterior, embora o ritmo de declínios tenha continuado a diminuir graças a políticas favoráveis, de acordo com dados do Departamento Nacional de Estatísticas (DNE) divulgados na quinta-feira.
Nas quatro cidades de primeiro nível, Beijing, Shanghai, Guangzhou e Shenzhen, os preços das casas novas caíram 0,5% mensalmente, sem alteração em relação ao mês anterior.
Já os preços nas cidades de segundo escalão caíram 0,6% em relação ao mês anterior, com uma redução de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior, informou o DNE.
Os preços das moradias revendidas nas cidades de segundo e terceiro níveis caíram 0,8% em julho, com uma redução de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior, mostraram os dados do DNE.
Em uma base anual, a queda dos preços dos imóveis residenciais na China aumentou ligeiramente no mês passado. No entanto, a queda nos preços de venda de imóveis residenciais revendidos em cidades de primeiro nível continuou a diminuir, de acordo com o DNE.
A China está acelerando a formação de um novo modelo de desenvolvimento do setor imobiliário e melhorando o sistema de fornecimento de moradias, que inclui tanto casas comerciais quanto moradias a preços acessíveis, de acordo com uma reunião executiva do Conselho de Estado realizada em junho.
A China implementou uma série de políticas para promover o setor imobiliário, incluindo a redução de taxas mínimas de pagamento de entrada, o cancelamento de taxas piso de hipoteca para compra da primeira e segunda habitação e o estabelecimento de um mecanismo de reempréstimo que apoia as empresas estatais locais a usarem esses fundos para comprar casas comerciais para moradias de preço acessível.
Graças à série de políticas favoráveis, as principais cidades chinesas estão mostrando mais sinais de aquecimento do mercado imobiliário. De janeiro a julho, a área de vendas de moradias comerciais recém-construídas diminuiu 18,6% em relação ao ano anterior, com o ritmo caindo 0,4 ponto percentual em comparação com o período de janeiro a junho, segundo o DNE.
O valor das vendas de moradias diminuiu 24,3% em termos anuais, com o ritmo da queda diminuindo 0,7 ponto percentual. Apoiados por políticas como o mecanismo de lista branca, que ajuda as incorporadoras com pouco dinheiro a acessar empréstimos, os fundos disponíveis para as empresas de desenvolvimento imobiliário caíram 21,3% em julho, com o ritmo diminuindo 1,3 ponto percentual.
Em julho, a China tomou medidas para impulsionar seu setor imobiliário, reduzindo a principal taxa de empréstimo (LPR, na sigla em inglês), na qual muitos credores baseiam suas taxas de hipoteca, em 10 pontos-base, para 3,85%.
Em uma reunião importante realizada no fim de julho, a China prometeu apoio ativo para a compra de estoque de moradias de commodities a serem usadas como moradias de preço acessível para garantir o desenvolvimento estável e saudável do mercado imobiliário do país.
A China continuará a combinar a digestão do estoque existente com a otimização do crescimento incremental no setor imobiliário, disse Liu Aihua, porta-voz do DNE, em uma coletiva de imprensa.
A China aprimorará ainda mais o trabalho de garantir a entrega de casas e acelerará a formação de um novo modelo de desenvolvimento imobiliário, acrescentou Liu.