Roma – No centro de Turim, Itália, está um museu sobre arte oriental, que é uma ponte única entre o país do sul da Europa e a China. À frente do museu está Davide Quadrio, curador italiano que trabalha para promover o intercâmbio cultural entre as duas civilizações antigas.
O Museu de Arte Asiática de Turim, com sua impressionante coleção de quase 2.300 obras que vão desde o período neolítico até o início do século 20, tem um lugar especial no coração de Quadrio. Entre suas cinco salas dedicadas a exposições fixas, destaca-se a seção chinesa, que exibe centenas de artefatos antigos das dinastias Han, Tang e Yuan. Para Quadrio, essa coleção é a alma do museu e prova a influência duradoura da cultura chinesa na sua vida e obra.
Este ano, o museu inaugurou uma exposição marcante chamada “Tradução e Tradição da Eurásia”, comemorando o 700º aniversário da morte de Marco Polo. A exposição, inaugurada em abril, traz várias peças de cerâmica azuis e brancas, cuidadosamente escolhidas para reconstruir a jornada do lendário viajante italiano ao longo da antiga Rota da Seda. Quadrio considera a exposição um tributo moderno ao legado de Marco Polo, comemorando os laços históricos e culturais que unem Itália e China há tanto tempo.
A jornada de Quadrio pela cultura chinesa começou após sua graduação na Universidade Ca’ Foscari de Veneza. Fascinado pela rica tapeçaria da herança chinesa, ele se mudou para a China em 1991, one conheceu uma rica cena artística. Em 1998, ele fundou o Bizart Art Center em Shanghai, um laboratório criativo independente e sem fins lucrativos que virou um local de inovação artística. Durante mais de uma década, Quadrio manteve esse espaço, transformando-o em um farol de diálogo cultural.
Em 2021, Quadrio trouxe sua paixão e visão de volta à Itália, assumindo o papel de diretor do Museu de Arte Asiática de Turim.
“A China é a fonte de inspiração mais importante da minha vida artística”, disse Quadrio.
A missão da Quadrio vai além das exposições. Ele também é um grande defensor do entendimento mais amplo sobre a diversidade cultural, destacando a importância de informações precisas e abrangentes.
“É imperdoável que haja pessoas no Ocidente com informações parciais sobre o que está acontecendo no resto do mundo”, disse ele. Para Quadrio, o papel do museu é essencial na promoção da compreensão mútua e na facilitação de diálogos globais.
Ao fazer colaborações com culturas asiáticas, Quadrio acredita que os museus podem desempenhar um papel essencial no preenchimento de lacunas e na construção de uma base sobre isso e para uma cooperação mútua.