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Países desenvolvidos devem financiar medidas de mitigação das mudanças climáticas, afirma Marina Silva

Rio de Janeiro – A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse nesta quinta-feira que a justiça climática passa pelo fato de os países desenvolvidos que se beneficiaram mais com a emissão de gás carbônico no passado financiarem as medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

“No contexto da mudança do clima, qual a grande injustiça que está acontecendo? Aqueles que transformaram mais a natureza para gerar riqueza, tecnologia, produtos para que isso acontecesse, geraram mais emissões de CO2. Causaram mais impacto ambiental e aumentaram o problema. Se é para ser justo, eles têm que pagar mais, compensar mais”, afirmou Marina durante o evento “Justiça climática em tempos de transformação”, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

Segundo a ministra brasileira, aqueles que criaram menos problemas e impactaram menos devem contribuir de uma forma menor do ponto de vista do esforço e devem ser compensados pelos recursos do ponto de vista financeiro e tecnológico.

Marina afirmou que se os países do G20 decidirem fazer a sua parte, o ponteiro das mudanças climáticas “gira em benefício da humanidade”.

A ministra ressaltou que a ciência, ao determinar que a temperatura global não exceda 1,5 graus Celsius, e a sociedade civil do mundo inteiro estão fazendo bem a sua parte no enfrentamento às emergências climáticas. “Quem está no déficit são os governos e as empresas”, afirmou.

Segundo Marina, a agenda da transformação tem ganhado muita força. “Não basta mitigar e adaptar. É preciso transformar o modelo de desenvolvimento para que a gente possa fazer frente aos problemas e não ficar apenas enxugando gelo e apagando fogo”, concluiu.

Agência Xinhua

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