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Especialistas observam amplas perspectivas para cooperação aeroespacial China-Brasil

(191220) -- TAIYUAN, Dec. 20, 2019 (Xinhua) -- The China-Brazil Earth Resource Satellite-4A is launched on a Long March-4B carrier rocket at Taiyuan Satellite Launch Center in north China's Shanxi Province on Dec. 20, 2019. A new satellite, jointly developed by China and Brazil, was sent into space on Friday, pushing forward the aerospace cooperation between the two countries, according to the China National Space Administration (CNSA). The satellite is the sixth satellite under the earth resource satellite cooperation program between the two countries. It will obtain global optical remote-sensing data and support the Brazilian government's monitoring of the Amazon rainforest and the country's environmental changes. (Photo by Zheng Taotao/Xinhua)

Beijing – China e Brasil planejam desenvolver conjuntamente novos satélites de recursos terrestres e continuar a promover a construção da Constelação de Satélites de Sensoriamento Remoto do BRICS, mostrando amplas perspectivas de cooperação aeroespacial entre os dois países, assinalaram especialistas.

   Nos últimos 30 anos, China e Brasil alcançaram resultados frutíferos no programa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS), disseram os especialistas espaciais dos dois países no Simpósio de Cooperação Espacial China-Brasil, realizado pela Administração Espacial Nacional da China (CNSA) em Beijing na segunda-feira.

   O CBERS se tornou o mais longo e influente projeto de cooperação internacional no campo aeroespacial e é um modelo de “cooperação Sul-Sul”, disseram os especialistas.

   Ma Shijun, gerente da Missão do Projeto CBERS, disse que, em 1988, os dois países assinaram um acordo para desenvolver conjuntamente o projeto CBERS, compartilhando o custo e desenvolvendo separadamente seus sistemas. Ambos os lados tinham vantagens e eram altamente complementares, indicou Ma.

   Em 1999, o primeiro satélite de recursos terrestres China-Brasil foi lançado com sucesso, dando à China seu primeiro satélite de sensoriamento remoto do tipo transmissão. Foi o primeiro satélite desenvolvido em conjunto pela China e outro país e foi classificado como um dos 10 maiores avanços científicos e tecnológicos do ano na China.

   A China e o Brasil desenvolveram em conjunto seis satélites de recursos terrestres, e os satélites CBERS-4 e CBERS-4A estão funcionando bem em órbita.

   Os dados dos satélites têm servido ao desenvolvimento social e econômico dos dois países e são amplamente utilizados nas áreas de recursos naturais, agricultura, silvicultura, geologia, recursos hídricos, planejamento urbano e proteção ambiental.

   Os satélites também ajudaram a monitorar desastres globais, como incêndios florestais, inundações, terremotos e tsunamis. Os dados dos satélites são fornecidos gratuitamente aos países em desenvolvimento.

   José Raimundo Coelho, ex-presidente da Agência Espacial Brasileira, que participou do simpósio, foi recentemente agraciado com o Prêmio de Amizade do governo chinês em reconhecimento à sua destacada contribuição na promoção da cooperação aeroespacial entre China e Brasil.

   O CBERS tem atendido às necessidades do Brasil na exploração e monitoramento dos recursos naturais, disse ele, acrescentando que a cooperação aeroespacial sino-brasileira se tornará cada vez mais estreita.

   Ele acredita que, com o intercâmbio e o desenvolvimento da ciência e tecnologia aeroespacial, mais satélites serão lançados.

   A cooperação aeroespacial entre China e Brasil é aberta, honesta e igualitária, ressaltou Ma.

   Os dois principais países em desenvolvimento realizaram conjuntamente a concepção e os testes de montagem final de satélites, compartilharam métodos de gerenciamento de qualidade e gerenciamento de projeto, e acumularam rica experiência em pesquisa e desenvolvimento, o que melhorou seu nível de ciência e tecnologia aeroespacial, explicou ele.

   China e Brasil assinaram um protocolo suplementar entre os dois governos em Beijing em abril passado, segundo o qual os dois países desenvolverão e lançarão conjuntamente o satélite CBERS-6.

   A CNSA disse que a cooperação aeroespacial entre a China e o Brasil beneficiará as pessoas dos dois países, contribuirá para a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e promoverá a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade.

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