Beijing – O novo desenvolvimento da China criará novas oportunidades para a Europa e o resto do mundo, e espera-se que a União Europeia (UE) observe o desenvolvimento e as políticas internas e externas da China de uma forma abrangente e objetiva, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores nesta quinta-feira.
Foi noticiado que recentemente a UE expressou preocupações em relação à China sobre o abrandamento econômico, ambiente de negócios fraco, excesso de capacidade produtiva e desequilíbrio comercial do país e sua busca de uma ordem internacional centrada na China, enfatizando que o bloco não se dissociará, mas sim “diminuirá os riscos” com a China.
Em resposta, o porta-voz Wang Wenbin disse numa coletiva de imprensa diária que as preocupações levantadas pela UE são inconsistentes com os fatos. Apesar das dificuldades na recuperação econômica global, a China mantém um bom impulso para estabilizar e melhorar sua economia, o que não é fácil, observou ele.
Ele disse que nos primeiros três trimestres, o PIB da China aumentou 5,2% em termos anuais, tornando a China um líder entre as principais economias, e muitas organizações internacionais recentemente aumentaram previsões para o crescimento da economia chinesa.
“A China está buscando um desenvolvimento de alta qualidade e construindo ativamente um ambiente de negócios internacionalizado, baseado na lei e orientado para o mercado. De acordo com o levantamento do terceiro trimestre realizado pelo Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, mais de 80% das empresas estrangeiras participantes estão satisfeitas com o ambiente de negócios e cerca de 90% das empresas esperam que seus retornos do investimento permaneçam estáveis ou aumentem nos próximos cinco anos”, acrescentou Wang.
Ele assinalou que a China nunca buscou superávit comercial e que a China realizou ativamente a Exposição Internacional de Importação da China e a Exposição Internacional da Cadeia de Suprimentos da China, trabalhando para a abertura com mais oportunidades de mercado e consolidando e avançando a cooperação global nas cadeias industriais e de suprimentos.
O novo desenvolvimento da China criará novas oportunidades para a Europa e o resto do mundo, ressaltou Wang, acrescentando que o rápido desenvolvimento da indústria verde e da tecnologia limpa da China é o resultado de esforços incessantes na busca da inovação tecnológica e na construção de cadeias industriais e de suprimentos completas e é a vantagem legítima obtida através de esforços árduos e de uma concorrência leal.
“Isto é bem recebido pelos consumidores da UE e pelos usuários globais e contribuiu enormemente para os esforços globais no combate à mudança climática e na promoção da transição verde”, acrescentou.
Observando que a modernização chinesa é a modernização no caminho do desenvolvimento pacífico, Wang disse que a China está comprometida com o sistema internacional centrado na ONU, com a ordem internacional sustentada pelo direito internacional e com as normas básicas que regem as relações internacionais com base nos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, e que o país defende uma visão de governança global com amplas consultas, contribuições conjuntas e benefícios compartilhados.
Este ano marca o 20º aniversário da parceria estratégica abrangente China-UE. Wang disse que a experiência das últimas duas décadas mostrou que permanecer comprometido com a parceria estratégica abrangente impulsionará as relações China-UE.
“Desde a contenção da inflação à promoção da recuperação econômica, da realização da transição verde e da transformação digital ao fortalecimento da independência estratégica, e desde a salvaguarda do multilateralismo à abordagem dos desafios globais, a China é um parceiro confiável da UE”, destacou Wang.
Ele disse que a “diminuição de riscos” e a “redução da dependência” não devem evoluir para o abandono e o enfraquecimento da cooperação, acrescentando que se espera que a UE observe o desenvolvimento e as políticas internas e externas da China de uma forma abrangente e objetiva, adote uma política racional e pragmática em relação à China e promova a cooperação mutuamente benéfica entre os dois lados, de modo a resolver conjuntamente os desafios globais.