Beijing – Uma constelação chinesa de satélites de sensoriamento remoto obteve com sucesso produtos de dados de alta precisão sobre mapeamento de terreno, usando a tecnologia de radar interferométrico de abertura sintética (InSAR, sigla em inglês) de linhas de base múltiplas, marcando a primeira aplicação em órbita do país de tal sistema de mapeamento.
O avanço foi publicado nesta terça-feira em um comunicado do Instituto de Pesquisa de Informação Aeroespacial (AIR, sigla em inglês) da Academia Chinesa de Ciências.
Em março, a China lançou PIESAT-1 ou Hongtu-1, uma formação semelhante a roda de quatro satélites, a primeira formação desse tipo no mundo.
Esta constelação em órbita compreende um satélite primário como “eixo” central e três auxiliares uniformemente espaçados em torno dele. O trio auxiliar está localizado a poucas centenas de metros do satélite primário.
Os radares InSAR instalados nos satélites podem capturar duas imagens do mesmo local, saltando sinais de radar da superfície da Terra em momentos diferentes. Ao fazer com que as imagens interfiram entre si, elas produzem mapas chamados interferogramas, que revelam o deslocamento terra-superfície entre os dois períodos de tempo.
Comparada com os InSARs tradicionais, uma formação de roda pode gerar mais linhas de base de interferência, aumentando assim a eficiência do mapeamento.
A resolução mais alta da constelação projetada pelo AIR é menor que 0,5 metro e pode efetivamente resolver o problema da reconstrução de elevação de alta precisão de tipos complexos de terreno, como encostas íngremes e falésias, anunciou o instituto.
Constelações de satélites SAR pequenos e de baixo custo como PIESAT-1 podem desempenhar um papel importante no monitoramento de desastres geológicos urbanos, desastres de inundação e subsidência superficial, de acordo com seus projetistas.
