Por Zheng Bofei e Li Laifang
Beijing – No momento em que a Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR) comemora seu 10º aniversário, os opositores aproveitaram a nova oportunidade para impor suas antigas teorias negativas sobre ela. Mas suas opiniões não têm fundamento e só mostram questões de responsabilidade do próprio Ocidente.
A teoria da “armadilha da dívida” é frequentemente usada para difamar o projeto marcante para a humanidade. Contudo, é infundado e simplesmente incorreto atribuir os problemas da dívida dos países em desenvolvimento à ICR. Nenhum país participante entrou em crise de dívida por causa da cooperação com a ICR. Em vez de criar uma “armadilha da dívida”, a iniciativa ajuda a aliviar a pobreza.
A calúnia e o incentivo ao receio por parte de alguns países do Ocidente são consequências das atitudes que provaram como resultado do impacto da ICR nos seus interesses econômicos e geopolíticos e do seu domínio financeiro tradicional nos países parceiros do Cinturão e Rota.
De acordo com as estatísticas do Banco Mundial, entre 2015 e 2020, as dívidas comerciais e multilaterais representaram 42% e 35%, respectivamente, da nova dívida externa pública dos países de baixo rendimento e de rendimento médio-baixo. A maior parte das dívidas comerciais, ou 39% do total das novas dívidas, são financiadas por títulos soberanos no mercado financeiro internacional. Uma pesquisa realizada pela Eurodad sobre os 31 principais países endividados descobriu que 95% dos títulos soberanos dos países eram detidos por instituições financeiras ocidentais.
Será que o Ocidente realmente se preocupa tanto com as causas da dívida desses países, ou tem como foco seus próprios interesses? Talvez seja necessário entender melhor para encontrar motivações reais por detrás da campanha de difamação da “armadilha da dívida” destinada à cooperação do Cinturão e Rota. O que realmente preocupa alguns países ocidentais são seus próprios interesses financeiros. Eles temem que a Iniciativa do Cinturão e Rota reduza sua influência e as oportunidades de negócios das suas empresas.
Uma investigação detalhada conduzida por acadêmicos chineses mostra que os empréstimos da China para projetos do Cinturão e Rota não agravaram visivelmente os encargos da dívida dos países parceiros, alguns dos quais já tinham acumulado elevados níveis de dívida antes da proposta da ICR em 2013. Pelo contrário, estudos mostram que, na verdade, a iniciativa ajudou os países parceiros a reduzir sua dívida, promovendo emprego, receitas fiscais e investimento.