“A China com certeza é um país muito bem-sucedido e com grandes oportunidades”, afirma Doug Bruhnke.
Por Júlia Pierrepont III
Los Angeles – Empresários e grupos de investimento dos EUA participaram de um fórum especializado sobre as atuais oportunidades de investimento e comércio com a China na quinta-feira, no centro de Los Angeles, Califórnia.
Os palestrantes do fórum, organizado pelo Escritório de Los Angeles do Conselho de Desenvolvimento para Investimento Estrangeiro de Shanghai e pela Sino America Business Development Co., reconheceram que a relação entre os Estados Unidos e a China se destaca como uma das parcerias econômicas mais significativas e multifacetadas do mundo.
Também concordaram que, como duas das maiores economias, as redes e decisões interligadas de comércio e investimento dos dois países influenciam os preços das matérias-primas, os valores monetários e os sentimentos de investimento em todo o mundo, além de terem papel fundamental na definição das trajetórias econômicas globais e das tendências da indústria.
O volume total do comércio China-EUA atingiu um recorde máximo de quase 760 milhões de dólares americanos em 2022, de acordo com estatísticas da Administração Geral das Alfândegas da China.
Após a pandemia, An Tran, diretora-executiva do Gabinete de Assuntos Internacionais da Prefeita de Los Angeles, quer entender mais as oportunidades incríveis que a China e Shanghai podem oferecer às empresas e aos investidores sediados nos EUA, destacando que tem sido um processo mutuamente produtivo, com “a China continuando como uma das maiores fontes de investimento estrangeiro direto (IED) no condado de Los Angeles”.
Doug Bruhnke, CEO da Global Chamber e diretor-executivo interino da Global Chamber de Los Angeles, disse à Xinhua que está otimista sobre fechar negócios com a China, apesar das tensões políticas.
“Independentemente do cenário político, precisamos colaborar e trabalhar juntos”, disse ele. “O comércio interessa aos dois países. Transparência e confiança, trabalhar conjuntamente e criar um grupo de comerciantes, além de apoiar o comércio, são boas ações”.
As apresentações do fórum mostraram o crescimento da China como um centro global de investigação e desenvolvimento onde as empresas estrangeiras podem conhecer melhor este ecossistema e se beneficiar de inovação econômica, muita capacidade e infraestruturas de ponta.
O evento também contou com apresentações dos principais especialistas em fechar negócios com a China, com foco na alavancagem de feiras comerciais, especialmente as duas principais feiras comerciais da China, a Feira de Importação e Exportação da China, também conhecida como Feira de Cantão, e a Exposição Internacional de Importação da China (CIIE).
As duas feiras estão abertas a todos os tipos de bens de consumo e serviços, disse à Xinhua Vlady Cornateanu, fundador e presidente da Sino American Business Development Co., CEO da Addiction/True Affair Apparel e participante sênior há 30 anos na Feira de Cantão.
“Tecnologia, logística, redes sociais, transporte, fabricação de automóveis, medicina, agricultura, hotéis, construção, equipamentos de fabricação e muito mais estão lá. Qualquer setor industrial encontrará lá o que precisa para fazer negócios”, explicou ele.
Lançada em 1957, a feira é realizada toda primavera e outono em Guangzhou. Para empresas estrangeiras predominantemente interessadas em fabricar e/ou importar da China, a Feira de Cantão é um dos eventos comerciais mais significativos do mundo.
Cerca de 35.000 empresas participaram presencialmente como expositores da Feira de Cantão realizada na primavera de 2023. A feira é uma conexão para o comércio internacional e atrai participantes de mais de 220 países e regiões.
Para empresas estrangeiras que procuram predominantemente exportar seus produtos para a China, a CIIE é o lugar certo para começar.
Realizada anualmente no outono desde 2018 em Shanghai, a CIIE é a primeira exposição de nível nacional com tema de importação do mundo. A feira concede às empresas estrangeiras acesso único para exportar seus produtos para a China e mostra o compromisso de liberalizar o mercado da China e promover parcerias comerciais globais, ajudando a fazer a transição da China de uma economia orientada para as exportações para uma economia impulsionada pela importação e pelo consumo.
O evento se tornou essencial para as empresas que disputam uma posição ou expansão no mercado chinês.
Claire Shao, representante-chefe dos EUA na Invest Shanghai, disse que “depois de participar da Feira de Cantão e da CIIE, você vai concluir por conta própria que a porta da China não se fechará, pelo contrário, abrirá cada vez mais”.
“A China com certeza é um país muito bem-sucedido e com grandes oportunidades”, disse Bruhnke. “Ela não quer ser os Estados Unidos, quer ser a China, mas sendo conseguindo fazer coisas que os EUA conseguem”.
“Por isso, espero que continuem aprendendo, se adaptando à forma como o mundo faz negócios e migrando para estratégias que tragam ainda mais sucesso”, concluiu ele.