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China e Rússia aprofundarão cooperação na segurança estratégica

Moscou – A China e a Rússia trabalharão estreitamente na cooperação de segurança estratégica, defenderão o verdadeiro multilateralismo e promoverão o desenvolvimento do sistema de governança global em uma direção mais justa e razoável, disse Wang Yi, membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e diretor do Escritório da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do PCCh, em Moscou, na terça-feira.

Wang Yi e Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Federação Russa, copresidiram na terça-feira a 18ª rodada de consultas de segurança estratégica China-Rússia. As duas partes trocaram profundamente opiniões sobre uma vasta gama de questões relacionadas ao aprofundamento da cooperação estratégica entre os dois países, ao reforço da coordenação e ao fortalecimento da confiança mútua.

“As relações China-Rússia resistiram ao teste das vicissitudes da situação internacional e continuaram a desenvolver-se de forma saudável e estável”, disse Wang. “A conotação da cooperação estratégica entre os dois países tem sido continuamente enriquecida, e a qualidade da cooperação pragmática tem sido continuamente melhorada.”

Wang observou que, como membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e grandes países responsáveis, a China e a Rússia trabalham estreitamente no cenário internacional para defender conjuntamente o verdadeiro multilateralismo, opor-se a várias práticas de intimidação de poder e promover o desenvolvimento do sistema de governança global em uma direção mais justa e razoável.

Wang enfatizou que o mecanismo de consulta de segurança estratégica China-Rússia, como parte importante da parceria de coordenação estratégica abrangente entre os dois países na nova era, reflete a profundidade da confiança política mútua e a amplitude da coordenação estratégica entre a China e a Rússia.

“Desde o estabelecimento do mecanismo, os dois lados mantiveram uma comunicação estreita e interação positiva, salvaguardaram efetivamente os interesses comuns e contribuíram com sabedoria para a estabilidade estratégica global e a solução de questões regionais importantes”, disse Wang. “Os dois lados se apoiam firmemente em questões que envolvem os interesses centrais um do outro, demonstrando o devido significado de uma parceria estratégica abrangente.”

“Estamos dispostos a trabalhar com a Rússia para seguir fundamentalmente o importante consenso alcançado pelos dois chefes de Estado, liberar ainda mais a eficácia do mecanismo e dar maior contribuição para salvaguardar a segurança nacional dos dois países e promover a paz e a estabilidade mundiais”, acrescentou.

Patrushev disse que, desde o início deste ano, sob a orientação estratégica dos dois chefes de Estado, as relações Rússia-China se desenvolveram de forma estável e a cooperação prática avançou de forma ordenada.

“Os dois lados sempre se respeitam e se apoiam. Diante dos desafios de rápidas mudanças na situação de segurança internacional e conflitos frequentes, a Rússia e a China não estão sujeitas a influência e interferência externas, aderem à independência e fortalecem a coordenação estratégica, demonstrando o valor único da parceria estratégica abrangente”, disse Patrushev.

A Rússia apoia firmemente a posição legítima da China sobre Taiwan e sobre questões relacionadas a Xinjiang, Tibet e Hong Kong, e se opõe à interferência ocidental nos assuntos internos da China, disse Patrushev, acrescentando que a Rússia aprecia e apoia muito as três principais iniciativas globais propostas pelo presidente Xi Jinping e está disposta a promover conjuntamente a estabilidade e o desenvolvimento na região Ásia-Pacífico e no mundo.

As duas partes concordaram em realizar consultas da estabilidade estratégica China-Rússia em um momento adequado e fortalecer a cooperação em segurança de aplicação da lei, não proliferação e governança global de tecnologias emergentes.

Os dois lados também continuarão a fortalecer a colaboração sob estruturas multilaterais, como a Organização de Cooperação de Shanghai e o mecanismo BRICS. 

Agência Xinhua

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