O aumento dos intercâmbios culturais despertou nos estudantes dos países árabes uma vontade gigantesca de aprender a língua chinesa e conhecer melhor a cultura e a civilização chinesas.
Cairo — O crescente intercâmbio cultural entre os países árabes e a China contribuiu para promover o entendimento mútuo entre os povos árabes e chineses, além de promover o aprendizado mútuo entre as duas grandes civilizações, disse um sinólogo egípcio.
Os intercâmbios culturais entre o Egito e a China aumentam muito nos últimos anos, abrangendo todos os aspectos do campo cultural, disse em entrevista à Xinhua, Mohsen Fergani, professor de língua chinesa na Universidade Ain Shams no Cairo.
Em 2016, a China e o Egito sediaram o Ano Cultural China-Egito, que envolveu muitas atividades de intercâmbio em áreas como artes, literatura, livros e educação juvenil, o que levou os intercâmbios culturais a novos patamares, disse Fergani.
A amizade entre os chineses e os árabes foi grandemente motivada pelo aumento da cooperação cultural, disse ele, acrescentando que a expansão dos intercâmbios culturais despertou uma vontade gigantesca nos estudantes dos países árabes de aprender a língua chinesa e conhecer melhor a cultura e a civilização chinesas.
Fergani, que tem se empenhado muito no intercâmbio cultural sino-árabe ao longo dos anos, acredita que entender a cultura chinesa ajuda o povo árabe a interpretar a trajetória de desenvolvimento do gigante asiático e se beneficiar com essas experiências históricas.
O especialista egípcio reafirmou que a política externa chinesa é consistente com sua cultura milenar, com base no espírito de cooperação, participação, persistência, continuidade, trabalho árduo e humildade.
As iniciativas de desenvolvimento propostas pela China que buscam uma comunidade com um futuro compartilhado são “derivadas da cultura chinesa que traça o caminho certo para a humanidade”, observou Fergani.
Essas iniciativas capacitam a comunidade internacional para enfrentar desafios de segurança, políticos, econômicos, de desenvolvimento e culturais, além de ajudar a diminuir a enorme desigualdade entre as potências mundiais e os países pequenos e menos favorecidos, acrescentou ele.
A influência da cultura, valores e civilização chinesa, disse ele, contribuiu para tornar a ordem internacional mais equitativa e pode alcançar mais prosperidade e bem-estar.
Fergani traduziu vários clássicos chineses, incluindo Os Analectos de Confúcio, O Livro da Poesia e Tao Te Ching, para o árabe. Ele recebeu o Prêmio Especial de Livros da China em 2013, o primeiro árabe a receber essa homenagem, devido à sua contribuição para a promoção de intercâmbios culturais sino-árabes.