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Intercâmbios culturais sino-árabes aumentam aprendizado mútuo entre civilizações, diz sinólogo egípcio

Participante (2ª, esquerda) mostra trabalho de caligrafia chinesa durante a competição "Ponte Chinesa" para estudantes universitários egípcios em Ismaília, Egito, no dia 8 de maio de 2023. Foto: Sui Xiankai

O aumento dos intercâmbios culturais despertou nos estudantes dos países árabes uma vontade gigantesca de aprender a língua chinesa e conhecer melhor a cultura e a civilização chinesas.

Cairo — O crescente intercâmbio cultural entre os países árabes e a China contribuiu para promover o entendimento mútuo entre os povos árabes e chineses, além de promover o aprendizado mútuo entre as duas grandes civilizações, disse um sinólogo egípcio.

Os intercâmbios culturais entre o Egito e a China aumentam muito nos últimos anos, abrangendo todos os aspectos do campo cultural, disse em entrevista à Xinhua, Mohsen Fergani, professor de língua chinesa na Universidade Ain Shams no Cairo.

Em 2016, a China e o Egito sediaram o Ano Cultural China-Egito, que envolveu muitas atividades de intercâmbio em áreas como artes, literatura, livros e educação juvenil, o que levou os intercâmbios culturais a novos patamares, disse Fergani.

A amizade entre os chineses e os árabes foi grandemente motivada pelo aumento da cooperação cultural, disse ele, acrescentando que a expansão dos intercâmbios culturais despertou uma vontade gigantesca nos estudantes dos países árabes de aprender a língua chinesa e conhecer melhor a cultura e a civilização chinesas.

Fergani, que tem se empenhado muito no intercâmbio cultural sino-árabe ao longo dos anos, acredita que entender a cultura chinesa ajuda o povo árabe a interpretar a trajetória de desenvolvimento do gigante asiático e se beneficiar com essas experiências históricas.

Artistas musicais chinesas se apresentam em frente à Esfinge no ponto panorâmico das Pirâmides de Gizé em Gizé, Egito, no dia 3 de abril de 2023. Foto: Ahmed Gomaa

O especialista egípcio reafirmou que a política externa chinesa é consistente com sua cultura milenar, com base no espírito de cooperação, participação, persistência, continuidade, trabalho árduo e humildade.

As iniciativas de desenvolvimento propostas pela China que buscam uma comunidade com um futuro compartilhado são “derivadas da cultura chinesa que traça o caminho certo para a humanidade”, observou Fergani.

Essas iniciativas capacitam a comunidade internacional para enfrentar desafios de segurança, políticos, econômicos, de desenvolvimento e culturais, além de ajudar a diminuir a enorme desigualdade entre as potências mundiais e os países pequenos e menos favorecidos, acrescentou ele.

A influência da cultura, valores e civilização chinesa, disse ele, contribuiu para tornar a ordem internacional mais equitativa e pode alcançar mais prosperidade e bem-estar.

Fergani traduziu vários clássicos chineses, incluindo Os Analectos de Confúcio, O Livro da Poesia e Tao Te Ching, para o árabe. Ele recebeu o Prêmio Especial de Livros da China em 2013, o primeiro árabe a receber essa homenagem, devido à sua contribuição para a promoção de intercâmbios culturais sino-árabes.

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