Rio de Janeiro – A Dívida Pública Federal, que inclui o endividamento interno e externo do Brasil, fechou 2022 em 5,951 trilhões de reais (US$ 1,17 bilhão), um aumento de 6,02% em relação a 2021, informou nesta quinta-feira a Secretaria do Tesouro Nacional.
O valor representou alta de 1,37% em relação a novembro, quando a dívida era de 5,871 trilhões de reais.
Apesar do grande volume de emissões em dezembro, a dívida ficou abaixo dos limites estabelecidos pelo Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2022, segundo os quais, a dívida pública poderia fechar 2022 entre 6 e 6,4 trilhões de reais (entre US$ 1,18 bilhão e US$ 1,26 bilhão).
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que é a parte da dívida pública no mercado interno, teve um aumento de 1,48% em dezembro, chegando a 5,699 trilhões de reais (US$ 1,123 bilhão), enquanto o estoque da Dívida Pública Federal Externa (DPFe), captada do mercado internacional, caiu 0,89% no último mês de 2022, encerrando o ano em 252,45 bilhões de reais (US$ 48,38 bilhões).
Em 2022, a Dívida Pública Federal Externa (DPFe) caiu 4,63% em comparação ao ano anterior, quando fechou em 264,72 bilhões de reais (US$ 52,165 bilhões).
Segundo o Tesouro Nacional, embora o governo tenha aumentado seu endividamento com organismos internacionais no ano passado, não houve emissões de bônus públicos brasileiros no exterior em 2022. A falta de emissões contribuiu para a redução do estoque da dívida no mercado externo.
Através da dívida pública, o Tesouro Nacional emite títulos públicos para pegar emprestado dinheiro dos investidores e honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, no vencimento do papel, com algum rendimento.
Em dezembro, os maiores detentores da dívida pública eram as instituições financeiras (29,12%), seguidos dos fundos de investimento (23,98%).