O jejum intermitente é um padrão alimentar no qual as pessoas alternam entre períodos em que podem comer ou não. Mas o padrão não faz restrições a quais alimentos comer, e sim a quando se deve comer. Ainda não está claro se existe um “temporizador” para registrar a duração do jejum e desencadear os efeitos benéficos para a saúde.
Pesquisadores da Universidade Normal de Hunan, da China, examinaram 600 amostras em quatro tecidos metabólicos de ratos, incluindo fígado, músculo esquelético, gordura marrom e gordura branca. Estes ratos tinham cinco planos de alimentação.
De acordo com o artigo de pesquisa publicado no Cell Reports, apenas o jejum por 16 horas pode iniciar uma ressonância circadiana de 43 vias no fígado, e a ressonância muda pontualmente após a alimentação.
Pesquisas posteriores revelaram que o proteasoma hepático coordena a ressonância. Proteasomas são complexos proteicos que desempenham um papel central na regulação de proteínas que controlam o ciclo celular.
Os pesquisadores disseram que seus achados indicam que o proteasoma hepático pode servir como um temporizador de jejum e um coordenador da ressonância da via, que fornece um alvo para revelar o mecanismo subjacente do jejum intermitente.
O jejum intermitente é uma estratégia segura comprovada para beneficiar a saúde. Em março, outra equipe de pesquisa chinesa descobriu que restringir a alimentação ao início do dia (ingestão de alimentos restrita entre as 6h00 e as 15h00) também tem benefícios significativos para a saúde metabólica entre pessoas saudáveis.