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Zona de cooperação em Hengqin procura estreitar ligação com mundo lusófono

Ponte de Hengqin em Zhuhai, Província de Guangdong, no sul da China, em 17 de setembro de 2021. (Xinhua/Deng Hua)

Guangzhou, 8 jun – Após nove meses de construção e planejamento, a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin tem atualmente um esquema mais concreto na procura por relações próximas com os países de língua portuguesa (PLPs).

Em primeiro de junho foi inaugurado o Centro de Cooperação Internacional de Investimento e Comércio Sino-Português (CCIICSP), um consórcio visando promover investimentos e comércio entre a Grande Área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e o mundo lusófono. Logo depois da abertura da sede em Guangzhou, capital da Província de Guangdong, Dário Silva, empresário português e presidente do centro, decidiu estender o projeto para a zona de cooperação em Hengqin, na cidade de Zhuhai.

“Em Hengqin, abriremos num futuro muito próximo uma sucursal do CCIICSP. Já estamos em conversações com as autoridades locais de forma a estruturar o projeto”, revelou ele à Xinhua.

Segundo Silva, o processo é “simples” e as autoridades locais “estão bastante interessadas e dão benefícios” a empresas da esfera comercial sino-portuguesa que se estabeleçam em Hengqin.

Numa reunião realizada em abril entre a China e os países do mundo lusófono, o ministro do Comércio chinês destacou o apoio à construção de um centro comercial internacional China-PLPs em Hengqin e afirmou que avançaria com o processo. Além disso, no mesmo mês, um gabinete de cooperação fiscal com países e regiões da língua portuguesa entrou em operação na zona, o primeiro deste tipo na China.

Para Dário Silva, a visão do CCIICSP é operar como uma plataforma de apoio a este plano nacional da China e buscar talentos qualificados, empresas de língua portuguesa, bem como parcerias com organizações em Macau, cujo objetivo é transformar Hengqin em “um alicerce forte nas relações sino-portuguesas.”

Em abril, o então diretor da comissão provincial de desenvolvimento e reforma de Guangdong, afirmou à imprensa que a zona deve continuar a “linha principal” para promover a diversificação econômica adequada de Macau e criará um novo sistema para a abertura integral de alta qualidade Hengqin-Macau.

Ele também mencionou que Hengqin aderirá às quatro indústrias principais, incluindo pesquisa e desenvolvimento de tecnologia e manufatura avançada, medicina tradicional chinesa, turismo cultural, exposições e comércio, e finanças modernas, conforme determinado prudentemente pelo plano, com o objetivo de melhor integrar a zona e a região administrativa especial.

“Quando falamos de expectativas sobre o futuro, acho que existe um futuro muito promissor. Hengqin tem três vezes a área de Macau, tem políticas delineadas para desenvolvimento de negócios e poderá ajudar em muito a esperada diversificação da economia de Macau”, disse Carlos Cid Álvares, CEO do Banco Nacional Ultramarino (BNU), instituição portuguesa com uma história de 120 anos em Macau e que hoje se concentra principalmente em negócios na região.

“Acredito muito nesse futuro próspero”, disse ele. “Por isso apostamos já há cinco anos na abertura de uma sucursal do BNU em Hengqin e estamos satisfeitos com os resultados alcançados.”

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