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Governador do Pará elogia políticas de apoio dos BRICS a cidades da Amazônia brasileira

Rio de Janeiro – O governador do estado brasileiro do Pará (norte), Helder Barbalho, defendeu as políticas do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) como um dos motores para o desenvolvimento das populações mais pobres da região da floresta amazônica brasileira.

Em uma entrevista com a Xinhua na capital Belém, Barbalho qualificou como “muito positiva” a relação do estado do Pará e do Brasil em geral com o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB por suas siglas em inglês), o chamado Banco do BRICS, que financia obras de infraestrutura em nove municípios.

“Vemos como muito positiva a cooperação com o NDB por ser um ativo importante que nos permite fazer obras em regiões que, historicamente, têm ficado fora de investimentos em infraestrutura urbana, saneamento básico e esgoto, que são investimentos fundamentais nessas cidades”, disse o governador.

O NDB concedeu em 2018 um crédito de US$ 50 milhões ao estado do Pará para a realização de obras de infraestrutura urbana nos municípios de Brasil Novo, Medicilândia, Placas, Uruará, Senador José Porfirio, Novo Progresso, Trairão, Itaituba e Rurópolis, situados nas bacias dos rios amazônicos Xingú e Tapajós.

“Estamos registrando como é importante o financiamento do NDB destinado ao Pará. Este empréstimo ajuda à estratégia do município de buscar seu equilíbrio fiscal sem sacrificar as obras para a sociedade”, comentou.

Na região dos municípios beneficiados pelo crédito, que são cidades com cerca de 350.000 habitantes, se busca oferecer infraestrutura e atividades de alto impacto econômico como agricultura, pecuária e mineração, disse o governador.

Barbalho informou ainda que essa região do oeste do Pará nasceu a partir da construção nos anos 60 e 70 do século passado da rodovia Transamazônica, o que levou à colonização agrária do território e seu desmatamento, mas que hoje se dedica à agricultura e à pecuária.

“Atualmente a região é a maior produtora de cacau do Brasil”, afirmou o governador, que explicou que essa atividade deve ser um motor da “bioeconomia” para a recuperação dos bosques nos campos destinados à criação de gado que foram degradados com a passagem dos anos.

Os municípios beneficiados pelo financiamento devem ter condições de infraestrutura urbana para atender aos desafios do crescimento populacional e econômico e, por isso, Barbalho destacou que a China é um dos principais parceiros econômicos do Brasil e, particularmente, do estado do Pará.

“Temos um profundo respeito e valorizamos a China como um parceiro estratégico do Brasil e do Pará”, assegurou o governador, que citou a produção pecuária destinada à indústria da carne e a extração de minério de ferro como as principais exportações do estado ao país asiático.

Nesse sentido, Barbalho concluiu a entrevista recordando um dos exemplos da cooperação com a China: o projeto da construção de uma linha férrea de pouco mais de 500 quilômetros entre a cidade de Marabá e o porto de Barcarena, impulsionado pela mineradora brasileira Vale e a companhia chinesa de engenharia e construção Construção de Comunicações da China.

Agência Xinhua

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