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Produtor de noz-pecã dos EUA quer que tarifas sejam removidas

Foto de arquivo tirada no dia 24 de outubro de 2019 mostra Randy Hudson, diretor-executivo da Hudson Pecan Company e ex-presidente do Conselho de Produtores de Pecã dos EUA, andando no campo enquanto as nozes são sacudidas da árvore em um de seus pomares perto de Ocilla, Geórgia, Estados Unidos. (Xinhua/Li Muzi)

Nova York – Há uma excelente oportunidade para os Estados Unidos e outros países reduzirem as tarifas, já que a escassez de alimentos e a inflação representam desafios em todo o mundo, disse um produtor de noz-pecã dos EUA à Xinhua em uma entrevista recente.

Os governos devem entender que as tarifas nada mais são do que um imposto sobre alimentos e o aumento do custo para as pessoas que precisam de alimentos baratos, disse Randy Hudson, CEO da Hudson Pecan Company, em entrevista à Xinhua na segunda-feira.

“É muito importante que haja uma política que apoie nossa capacidade de transferir e levar comida para as pessoas que precisam em todo o mundo”, disse Hudson, que administra seu pomar de nozes em Ocilla, no estado da Geórgia, e exporta nozes para o exterior.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse recentemente que o governo está discutindo se deve reduzir as tarifas adicionais sobre as importações chinesas impostas durante o governo Trump. Ao mesmo tempo, algumas outras autoridades americanas de alto escalão sugeriram a possibilidade de reduzir as tarifas sobre produtos importados para domar a inflação furiosa.

A inflação ao consumidor dos EUA em abril subiu 8,3 por cento em relação ao ano anterior, marcando o segundo mês consecutivo de inflação acima de 8 por cento, segundo o Departamento do Trabalho dos EUA.

Foto de arquivo tirada no dia 10 de julho de 2018 mostra Randy Hudson separando noz-pecã em sua fazenda no estado da Geórgia, Estados Unidos. (Xinhua/Yang Chenglin)

Os impactos da inflação e uma possível recessão nos Estados Unidos estão criando uma situação em que os preços dos alimentos podem subir mais, deixando muitas pessoas sem necessidades básicas, alertou Hudson, citando como evidência a falta de leite artificial infantil nos Estados Unidos.

Observando que a redução de tarifas é uma questão nacional e política, Hudson disse: “estamos trabalhando muito diligentemente e tentando fazer com que nosso povo, nosso governo, as pessoas com quem podemos conversar entendam que é muito importante que, onde os produtos alimentícios estão em falta, que essas tarifas sejam removidas”.

As exportações de noz-pecã da Hudson para a China caíram depois que a China impôs tarifas sobre as nozes-pecã em resposta à cobrança de tarifas dos EUA sobre produtos importados da China há cerca de quatro anos.

No entanto, Hudson disse à Xinhua que manteve seu relacionamento com seus clientes chineses e que “esperamos normalizar as relações comerciais e de amizade com nossos clientes chineses”.

“Queremos voltar para a China. Sentimos falta de viajar. Então, queremos voltar o mais rápido possível”, disse Hudson, que trouxe nozes pecãs para o mercado chinês em 1999 e está entre os primeiros produtores de nozes a entrar na China. 

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