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China orienta políticas monetárias ágeis para animar economia

Foto de arquivo mostra uma pessoa contando notas de Renminbi (RMB) em um banco em Linyi, Província de Shandong, leste da China. (Xinhua/Zhang Chunlei)

Beijing, 9 mai – A China está fazendo uso ágil de munição da política monetária para impulsionar a economia em meio a crescentes incertezas, avaliou o vice-presidente do Banco Popular da China (BPC, banco central), Chen Yulu, acrescentando que o país é capaz de lidar com o impacto de ações de aperto de outras grandes economias.

Considerando as situações doméstica e internacional como complexas e sombrias, Chen disse que a implementação de uma política monetária prudente foi intensificada para estabilizar os fundamentos econômicos.

Para aliviar a pressão descendente sobre a economia real, a China anunciou o corte da taxa de depósitos compulsórios (RRR, sigla em inglês) em 0,5 e 0,25 ponto percentual em dezembro de 2021 e em abril deste ano, respectivamente.

O corte da RRR adicionou fontes de capital estáveis e de longo prazo para as instituições financeiras do país, contribuindo para manter uma liquidez razoável e suficiente, segundo Chen.

Desde o início deste ano, a China cortou as taxas de juros de seus empréstimos de médio prazo e baixou a taxa preferencial de empréstimos, estimulando a demanda de financiamento das entidades do mercado.

Apoiado pelas ferramentas de política de ajuste do agregado monetário, o mercado financeiro do país tem apresentado desempenho positivo.

Em março, os novos empréstimos denominados em yuan da China aumentaram 395,1 bilhões de yuans (US$ 59,56 bilhões) em termos anuais, para 3,13 trilhões de yuans, acima da previsão do mercado de 2,8 trilhões de yuans.

O M2, uma medida ampla de oferta monetária que cobre dinheiro em circulação e todos os depósitos, aumentou 9,7% anualmente, para 249,77 trilhões de yuans, no fim de março.

O país também deu pleno uso à função de “irrigação por gotejamento” das ferramentas estruturais de política monetária, como parte dos esforços para enfrentar os ventos contrários da persistente pandemia de COVID-19.

Para canalizar fundos para onde o dinheiro é mais necessário, a China encorajou os bancos locais a emitirem empréstimos mais inclusivos para pequenas e micro empresas através de meios baseados no mercado, além de fazer arranjos de reempréstimo para inovação tecnológica, serviços de atendimento a idosos e uso limpo de carvão.

“A combinação de ferramentas de política agregada e estrutural pode orientar as instituições financeiras a fornecerem apoio preciso à economia real, garantindo o crescimento estável da oferta geral de dinheiro, cimentando a confiança do mercado”, destacou Zhou Maohua, analista do China Everbright Bank.

Chen observou que o BPC lançará um mecanismo de reempréstimo com uma cota de 100 bilhões de yuans para os setores de transporte e armazenamento, apoiará os bancos para aumentar a capacidade de oferta de crédito e fortalecerá as instituições financeiras para reduzir as taxas de serviço na próxima etapa.

Independentemente das ferramentas utilizadas, o país garantiu ao mercado que ajustará a força e o ritmo de sua política monetária com base nas situações domésticas.

É improvável que a volatilidade global causada por mudanças nas políticas das economias desenvolvidas agite o mercado da China, já que o país tem um ritmo de recuperação constante, pressões inflacionárias controláveis e estruturas econômicas otimizadas, acrescentou Chen.

A economia do país teve um início estável em 2022, com seu PIB crescendo 4,8% em termos anuais nos primeiros três meses, para 27,02 trilhões de yuans, acelerando de um aumento de 4% no quarto trimestre do ano passado.

O mercado financeiro da China continua atraente para investidores estrangeiros no longo prazo porque o retorno do investimento no país é relativamente alto e políticas monetárias normais consistentes oferecem aos investidores um canal importante para diversificar a alocação de ativos, disse Chen.

A crescente abertura financeira do país nos últimos anos também criou um ambiente melhor para a entrada de capital do exterior, acrescentou.

Seguindo adiante, a política monetária da China precisa ser mais voltada para o futuro, além de manter a continuidade e a estabilidade, e precisa aumentar a sinergia com outras políticas macroeconômicas para promover o desenvolvimento saudável e sustentável, disse Lou Feipeng, pesquisador do Banco de Poupança Postal da China.

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