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Carnaval volta às ruas do Brasil depois de dois anos de ausência

Rio de Janeiro – Após dois anos de ausência devido à pandemia da COVID-19, o Carnaval voltou às ruas do Brasil, em um evento fora de época, mas sem perder a animação que caracteriza aquele que já foi definido como “o maior espetáculo da Terra”.

Evento realizado sempre em fevereiro ou no início de março em pleno verão tropical, o Carnaval de 2021 tinha sido cancelado pelo auge da pandemia e foi novamente suspenso este ano devido ao aumento de casos da variante Ômicron no Brasil.

Não obstante, a queda no número de casos e de mortes graças à vacinação, que já imunizou mais de 76% da população contra o vírus, somada às pressões do setor turístico, temendo outro ano sem sua principal época de público, levou as autoridades das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo a buscarem uma nova data.

A solução foi aproveitar o feriado nacional de Tiradentes, de 21 de abril, que este ano caiu em uma quinta-feira, para somar a sexta-feira a um fim de semana prolongado e realizar o Carnaval que, desta vez, de acordo com fontes do setor, não contou com grande presença de turistas estrangeiros, mas sim com o turismo interno.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (Abih), no Rio de Janeiro, sede do Carnaval mais famoso do mundo, a ocupação dos hotéis ficou entre 85 e 90% durante este fim de semana, percentuais que não eram alcançados desde antes da pandemia.

Principal atração do Carnaval brasileiro, o desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro foi realizado com todo seu esplendor, nas noites de sexta-feira para sábado e sábado para domingo, terminando com o dia raiando e as arquibancadas lotadas.

Com a mudança para o feriado, os desfiles das Escolas de Samba da cidade de São Paulo coincidiram com os do Rio de Janeiro, o que atrapalhou artistas e celebridades que costumam aparecer nos dois eventos, mas isso não impediu que a popular apresentadora Sabrina Sato, rainha da bateria da “Gaviões da Fiel” paulista e da “Vila Isabel” carioca, de brilhar nas duas passarelas.

Mesmo enfrentando um atraso de uma hora no desfile da escola paulista, Sato, com a ajuda de motoristas, seguranças e um jato executivo, conseguiu chegar ao Rio antes que a Vila Isabel, última Escola a desfilar, entrasse na avenida Marques de Sapucaí.

A outra grande atração do Carnaval brasileiro – os “blocos”, que reúnem até centenas de milhares de foliões em pontos específicos das cidades, principalmente Rio, São Paulo e Salvador (Bahia) -, não foi autorizada oficialmente pelas prefeituras, mas muitas agremiações cariocas e paulistas saíram as ruas, em desfiles improvisados.

Agência Xinhua

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